«Quando eu cheguei ao futebol, o que contava eram as 60 mil pessoas que estavam aqui dentro. Hoje estas pessoas já não contam para nada: são figurantes, como nós somos figurantes. Hoje o que conta são os três milhões de pessoas que estão em casa a ver o jogo pela televisão e que pagam o espetáculo através da audiência da publicidade. Aliás, até costumo dizer a brincar que não vai passar muito tempo até que o futebol seja como um programa de televisão em que dão 100 ou 150 euros para as pessoas virem ao estádio e fazerem o espetáculo. Eu acho que, por exemplo, no Mundial não faz sentido o adepto pagar 200 euros por um bilhete para fazer um espetáculo que depois é vendido a 30 milhões ou 50 milhões de pessoas. Essa pessoa é figurante do espetáculo, tem de ser paga. Era como o filme do Ben-Hur ou dos Dez Mandamentos em que vão para lá os figurantes e ainda tinham que pagar... Não. Isto tudo para dizer que o futebol mudou em muitas coisas e nós, treinadores, temos de nos adaptar a isto, senão morremos. Se não entender que tem de haver uma harmonia entre o que se passa dentro de campo e fora de campo, então quem tem que sair do futebol sou eu.»
LEIA TAMBÉM:
«A decisão de Ronaldo ir para o Real Madrid foi tomada em minha casa»
Carlos Queiroz «roubado» pelo BES: «Fiquei sem mais de metade da minha vida»
«Fernando Santos sabe que não há futuro sem haver presente»
Carlos Queiroz: «Não foi uma boa decisão vir para a seleção»
«Regresso de Nani foi uma boa decisão, vai ser bom para ele»
Carlos Queiroz: «Sou um renascentista do futebol»
«A formação em Portugal tem de passar por um grupo restrito de elite»
Carlos Queiroz «roubado» pelo BES: «Fiquei sem mais de metade da minha vida»
«Fernando Santos sabe que não há futuro sem haver presente»
Carlos Queiroz: «Não foi uma boa decisão vir para a seleção»
«Regresso de Nani foi uma boa decisão, vai ser bom para ele»
Carlos Queiroz: «Sou um renascentista do futebol»
«A formação em Portugal tem de passar por um grupo restrito de elite»