Daniel Carriço deixou o Sporting 2012, para rumar ao Reading, mas a experiência em Inglaterra não foi feliz. O jogador português mudou-se depois para Sevilha, e em entrevista à MF Total relata «dois anos incríveis», que incluem a conquista da Liga Europa.
 
Dois anos nos lugares cimeiros, uma Liga Europa garantida e possibilidade de revalidar esse titulo europeu. A experiência em Sevilha está a superar todas as expectativas?
Sim. O Sevilha apareceu num momento menos positivo da carreira e abriu-me as portas para voltar à maré de cima. Se me dissessem há dois anos que teria corrido assim, eu não acreditaria. Têm sido dois anos incríveis.
 
Tendo em conta aquele que tem sido o rendimento coletivo do Sevila e mesmo as prestações individuais do Daniel, o que falta para chegar à Seleção?
Não sei. Faço o meu trabalho, dou o meu melhor no Sevilha e tento evoluir todos os dias. Jogo regularmente. Acredito que um dia vou ter a minha oportunidade. Sei também que a Seleção tem muita qualidade.
 
É algo em que pensa regularmente, ou lida bem com o assunto?
Lido com alguma facilidade. Nas seleções jovens era sempre chamado, e sou um dos mais internacionais, mas aos «AA» nunca fui. Creio que um dia vai surgir uma oportunidade, mas não fico sem dormir por causa disso.

 
Fernando Santos disse recentemente, em entrevista à TSF e a propósito de André Almeida, que via a polivalência como algo mais prejudicial do que benéfico. Pensa que isso pode explicar a opção de não convocá-lo?
Se calhar. Não sei. Agora até tenho mais jogos a central. Primeiro pela saída do Fazio, e agora também pela lesão do Pareja, embora já estivesse a fazer dupla com ele. Só jogava a meio-campo quando havia alguma lesão ou castigo. São as opções do mister Fernando Santos, e tenho de respeitar. Torço sempre para que corra tudo bem à Seleção.
 
Sente-se mais cómodo a central ou a meio-campo?
Sinto-me mais cómodo a central. Neste momento estou a jogar mais nessa posição, e por isso tenho mais rotinas. Mas se tiver de jogar a meio-campo também jogo. Não sei em que posição gostam mais de me ver aqui em Sevilha, mas nesta altura estou a jogar mais como central.
 
Ainda pensa no Euro2016, ou fica difícil ao ver a fase de qualificação avançar com outras opções?
Claro que o grupo começa a ficar fechado, mas há sempre hipótese. É sempre preciso ter em conta as lesões, os momentos de forma. O selecionador está atento.


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