Carlo Ancelotti falou nesta segunda-feira sobre os incidentes junto ao Vicente Calderón, entre adeptos do Atlético de Madrid e Deportivo da Corunha, levando à morte de um adepto galego. O treinador do Real Madrid recordou a sua experiência no futebol inglês e salienta a diferença do comportamento latino.

«Em Inglaterra não há violência nos estádios, não há polícia em volta, não te insultam, não há confrontos entre adeptos e há crianças nas bancadas. Nunca fui insultado em Inglaterra, e aqui – há 15 dias – tive um adepto a insultar-me durante um jogo inteiro. É também uma questão de cultura. Falo como italiano, não como espanhol, mas somos todos latinos e podemos melhorar muito», começou por dizer.

A violência e a morte num domingo de manhã, aqui ao lado

O técnico italiano espera que as autoridades espanholas resolvam o problema de vez: «Foi um dia triste para o futebol espanhol e todos esperam que não volte a acontecer. Creio que em Inglaterra foram feitas muitas coisas para acabar com esta praga, depois de terem tido uma experiência terrível com os hooligans. O futebol espanhol tem de fazer o mesmo.»

Ancelotti voltou ainda a falar sobre a atribuição da Bola de Ouro, lançando mais um nome para a discussão. «Creio que o maior rival para Cristiano pode ser um alemão, mas o melhor alemão – sem ser Kroos ou Khedira – não jogou sequer no mundial: foi Réus. Neuer também fez uma época fantástica como guarda-redes. Por outro lado, todos nos esquecemos de Sergio Ramos para a Bola de Ouro, mas marcou dois golos nas meias-finais e um na final. Eu também me esqueci disso e peço-lhe desculpa», rematou.

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