O jogador do Estoril, Lucão, garante estar plenamente adaptado ao futebol português e confirmou a possibilidade de reforçar o FC Porto.

A adaptação a Portugal tem sido extremamente fácil e admite ter uma maior qualidade de vida em território luso, comparativamente ao Brasil. «Cheguei em agosto, no final da janela [de transferências], quando tudo se acertou, e, para mim está a ser excelente. Qualidade de vida excecional, acho que diferente do que tinha no Brasil, muitos jogos, muitas viagens, muita correria, não tinha muito tempo para ficar em casa, com a família. Aqui, não, consegue ter tempo para tudo, jogar, passear, descansar, passear», começou por contar, em entrevista concedida à «UOL Esporte».

Lucão encontrou nos canarinhos diversos compatriotas, que facilitaram igualmente a adaptação. «É como se eu estivesse no Brasil. Essa é a verdade. O nosso balneário tem, se não me engano, oito brasileiros na equipa, fora os outros que são portugueses, grande maioria. Temos relação com o pessoal [da TFM, ex-Traffic] no dia-a-dia, cumprimento, conversa de algum assunto que seja do futebol ou fora do futebol, eles dão abertura para isso, e acho que é importante», referiu.

«Surgiu o boato de que eu não iria aceitar [ir para o FC Porto], que o Maicon teria de voltar e eu ficar lá. Mentira. Mas, enfim, aconteceu isso tudo, não vou apontar aqui quem foi, quem falou, mas aconteceu e eu não tive tempo para explicar o meu lado, a minha situação e o que realmente aconteceu. Porque quando eu fui tentar falar já tinham falado ‘ah, não quer ir’, toda a gente queria que o Maicon ficasse por causa da Libertadores, mas a decisão não foi minha. Não fui eu quem disse ‘não, não vou para o FC Porto’. Aconteceram coisas internas com a diretoria do São Paulo e isso resultou em não vir para cá, então, não foi uma decisão minha, mas dos dirigentes do São Paulo com os do FC Porto. No fim das contas, a culpa caiu sobre mim», revelou ainda.

O defesa central recebeu, também, propostas para rumar ao campeonato italiano, para representar a Roma e a Juventus, mas optou por permanecer no São Paulo. «Assim que estava a terminar o meu contrato, em 2013, faltavam quatro meses, tive propostas da Roma e da Juventus para vir para fora, mas, conversando com a minha família e o meu empresário, decidi renovar o meu contrato e continuar no São Paulo. Tinha 17 anos, perto de fazer 18, era muito novo e não me arrependo de ter permanecido. Foi muito bom para mim, em todos os sentidos, aprendi bastante, a experiência que tenho hoje comparativamente ao que tinha antes é muito grande», admitiu o atleta de 21 anos.