*Enviado especial ao Euro 2016

O empate diante da Islândia, no primeiro jogo no Euro 2016, nada ou pouco mudou em relação ao deste sábado frente à Áustria, no Parque dos Príncipes, em Paris. Fernando Santos, garante que «as sensações são iguais», e que a ambição de ambas seleções sempre foi vencer o jogo que se aproxima.

«Pressão máxima sempre tivemos, antes de chegarmos, quando chegámos e agora. Nestas competições, não acredito que haja pressões mínimas e este jogo enquadra-se no mesmo contexto, um jogo de pressão máxima. Seria sempre qualquer que fosse a circunstância. Os resultados da primeira jornada podem ter modificado um pouco, mas não a característica deste jogo. Não acredito que vá alterar em nada», começou por destacar.

Portugal empatou com a Islândia, mas a Áustria ainda fez pior, ao ser surpreendida pela Hungria (0-2). A pressão será igual para os dois lados. «A equipa da Áustria gosta de ter a bola no pé, gosta de jogar, de ser uma equipa ofensiva, gosta de tomar conta do jogo. Do lado contrário vai ter uma equipa igual, que gosta fazer a mesma coisa. Isso não altera nada em relação à matriz de jogo», prosseguiu.

A verdade é que os resultados na primeira ronda colocam «um pouco mais pressão sobre as duas equipas», reconhece o selecionador. «Se tivesse sido uma vitória de Portugal e uma vitória da Áustria, a pressão seria igual, porque nada estava resolvido, mas seria seguramente um pouco diferente. São duas equipas que jogam para ganhar, mas isso aconteceria sempre em qualquer circunstância porque faz parte da sua matriz e do seu ADN», prosseguiu.

O ponto de partida será então praticamente o mesmo: «As minhas sensações são as que já tinha antes, uma grande confiança nos jogadores, uma grande motivação para conseguir alcançar os objetivos, que é vencer cada jogo. As sensações mantêm-se iguais. Respeito o adversário como sempre, sem a presunção de que somos melhores. Já tinha dito que estas três equipas eram adversários muito fortes, não é para mim nenhuma novidade.»

Fernando Santos ainda comentou as imagens de desânimo dos adeptos em Portugal, depois do 1-1 de Saint Étienne. «Há sempre um momento de embate. Não foram só eles, foram os jogadores também, e se calhar nós sentimos duplamente, por nós e por eles. Foi um primeiro momento, depois rapidamente voltou ao seu normal. Não há necessidade de grandes dotes de imaginação, o que nos trouxe aqui foi a confiança nas nossas capacidades. A minha confiança neles existe, eles sabem disso, mas também há a confiança neles próprios. Rapidamente disseram: 'nós temos qualidades e somos capazes, e vamos para a luta'. Vamos fazer tudo, em todos os parâmetros, para quando as pessoas saírem das praças vão em euforia a festejar .»