*Enviado-especial ao Euro 2016

Renato Sanches esteve esta quinta-feira na sala de imprensa do centro de estágios de Marcoussis, arredores de Paris, onde Portugal continua a preparar o embate de sábado com a Áustria, a contar para a segunda jornada do Euro 2016. O médio analisou a sua prestação na estreia com a Islândia, em que entrou para o lugar de João Moutinho já no decorrer da segunda parte do encontro de Saint Étienne.

«Não foram 20 minutos de grande coisa, não estive muito em jogo. Toquei a bola umas quantas vezes como é normal e havia alguma ansiedade. Estávamos todos um pouco nervosos, como é normal. Não estive mal, nem estive bem, estive normal, fiz o que tinha a fazer. Se ajudou a consolidar uma eventual titularidade? Se fui a primeira opção, acho que ajudou um pouco», reconheceu.

O que lhe diz Fernando Santos? «O mister dá confiança, diz-me para assumir sem medo, tomar boas decisões e seguir em frente.»

No entanto, o médio do Bayern Munique não se põe em bicos de pés. «Como o selecionador disse em conferência de imprensa, os 23 podem ser titulares, não é o só Renato, há muitos outros jogadores», embora garante que se sinta «muito bem, ótimo» e que se chegar a sua oportunidade vai dar o seu melhor: «Está a correr tudo bem, estou muito contente por estar aqui, as coisas estão a correr bem.»

No meio-campo, «cada jogador tem a sua maneira de jogar, como João Moutinho, Danilo e William, cada um com benefícios para a equipa», embora confirme que por estar habituado à tática da Seleção «com estrutura semelhante ao Benfica» as coisas sejam «um pouco mais fáceis» para si.

Renato confirmou ainda que «nas primeiras horas a equipa não se sentiu lá muito bem», mas recordou os objetivos que há «para ganhar» e que vai estar «bem preparada para os próximos jogos». Sublinhou que o empate «não afetou em nada», e que «o grupo continua focado» porque «um jogo não muda nada».

O centrocampista analisou ainda a influência de David Alaba, seu futuro colega de equipa, na seleção austríaca – «um grande jogador, que faz várias posições, como central, médio e lateral, e tem um potencial muito elevado, tendo evoluído para um dos melhores da sua posição -, garantindo que espera «um jogo difícil, sem facilidades de qualquer tipo», mesmo que possa ser uma partida com mais espaço: «Dependerá da forma como a Áustria e nós entrarmos. Os jogos têm sido complicados, França ganhou no fim dos 90 minutos, e seja Áustria ou outro adversário será sempre um encontro difícil de disputar.»