«É tudo uma questão de momento. Não deu para pensar muito. Entrei absolutamente concentrado e determinado a fazer golo na primeira oportunidade e, felizmente, tive a sorte de estar no sítio certo para marcar.» Palavras do brasileiro Fábio Luís, grande responsável pela passagem da Académica aos quartos-de-final da Taça de Portugal, sobre o golo mais rápido da sua carreira: bastaram 20 segundos em campo.

Para quem tinha cerca de 100 minutos de utilização (apenas 39 na Liga!) e, pese o 9 nas costas, ainda não tinha marcado qualquer golo, aqueles instantes terão sido como uma bênção. Para sim, e para a equipa, pois ainda lhe juntou outro remate certeiro e a participação directa no lance do último golpe, de Éder, na resistência matosinhense. «Já entrei e marquei várias vezes, mas tão rápido assim, nunca», rejubila.

«Foi muito bom. Sobretudo por ser avançado, quando ficamos muito tempo sem marcar depois dá sempre um prazer especial voltar aos golos. Quando fiz o último? Nem me recordo bem [risos]. Penso que foi em Abril, no Estadual [Rio Grande do Sul]. Já tinha passado algum tempo», conta, em conversa com o Maisfutebol, deixando escapar que recebeu muitos telefonemas de felicitações.

Fábio Luís chegou a Coimbra no final de Junho, com uma bagagem cheia de esperança e promessa de golos. Dois já lá vão, num arranque tardio mas que ainda pode levar à meta traçada pelo brasileiro. «Vai depender da utilização que tiver mas sei que posso render mais porque ainda não estou a cem por cento em matéria de ritmo de jogo. O importante é trabalhar ao máximo para poder ajudar a equipa», sublinha.

A adaptação, diz, tem sido «tranquila», num plantel onde toda a gente tenta ajudá-lo. «Fui muito bem acolhido e dou-me bem com toda a gente. Também foi fácil encaixar no estilo de jogo. Só falta mesmo jogar mais mas, com confiança e trabalho, tudo de consegue.» Palavra de goleador... instantâneo.