Fábio Pereira até só mede 1,83 cm, mas foi enorme esta tarde. O guarda-redes do Santa Maria fechou a sua baliza a sete chaves, frente ao Nacional, mesmo tendo pela frente «gigantes» como Lucas João ou Djaniny. Foi a figura do jogo-surpresa da Taça de Portugal e o Maisfutebol conta-lhe agora um pouco mais sobre ele.

A cara não engana. Fábio tem apenas 22 anos. Mas o vê-lo na baliza rapidamente nos esquecemos da idade que o guarda-redes tem. Seguro, com reflexos rápidos, e audaz nas saídas. Que o digam os avançados do Nacional que esta tarde, num verdadeiro tiro ao alvo à baliza dos barcelenses, encontraram sempre o jovem guarda-redes no caminho.

Só quando a bola saía pela linha de fundo, após uma defesa, Fábio mostrava um pouco a idade que tem, ao pendurar-se na trave. Era a adrenalina a falar num jogo que não deu margem a desconcentrações.

Há quatro anos no Santa Maria, desde que subiu a sénior, o guardião dos encarnados do Santa Maria foi campeão nacional de juvenis por outra equipa encarnada - o Benfica. Pelo meio, duas épocas no Sp. Braga nos juniores.

No final do encontro que ditou a seguida em frente do Santa Maria na Taça de Portugal, guarda-redes barcelense confessou ao Maisfutebol que está dividido entre o futebol e outra paixão: a arquitetura.

«Estou a fazer a minha história aqui, para já, mas neste momento tento conciliar o meu curso de Arquitetura na Universidade Lusíada em Famalicão, de que gosto muito, com o futebol. Assim estou em casa, venho treinar e venho para as aulas. Tive que optar entre seguir o futebol de outra forma e a escola, e optei pela faculdade», explicou.

«Neste momento a minha prioridade é isso. É um curso muito trabalhoso e difícil de conciliar com outras atividades, mas tem de ser, porque eu gosto muito de fazer as duas coisas e não me via sem uma delas. E para já tenho conseguido».

Mas Fábio Pereira não fecha as portas a outros voos futebolísticos. «Se surgir algo muito compensatório para mim, logo se vê».