O F.C. Porto passa por uma fase de consenso geral em torno das qualidades da equipa. O título nacional ganho e, agora, a carreira na Liga Europa têm feito crescer a onda de elogios, que, agora, se alargam ao estrangeiro. André Villas-Boas confessa não ter ficado surpreendido com a atenção dada aos dragões, porque entende que lá fora sempre se valorizou o trabalho da equipa, comparativamente ao reconhecimento interno.

«Internacionalmente sempre houve um reconhecimento do que esta equipa estava a fazer. Em termos nacionais especulava-se um pouco sobre quem seria melhor ou pior. Quem entretinha mais e quem não entretinha. Quem cumpria mais ou menos e quem não cumpria. Felizmente para nós, isso ficou bem explícito. O reconhecimento internacional continua, mas pode chocar com a estupefacção internacional e nacional se não formos capazes de ganhar ao V. Setúbal ou de passar o Villarreal. Tudo de bom pode claudicar e facilmente se passará a uma crítica negativa», lembrou.

Nesse sentido, Villas-Boas tentou encontrar os defeitos na sua equipa. «As pequenas falhas que podemos ter passam de forma diferente de jogo para jogo, não são um padrão. O que temos feito de negativo temos vindo a corrigir», afirmou.

«Jogo é ultra-decisivo para o V. Setúbal»

O próximo adversário dos dragões é o V. Setúbal que ainda luta pela manutenção. Por isso, Villas-Boas espera um desafio complicado no Bonfim, até porque sabe bem o que é precisar de pontos para a permanência.

«É um jogo ultra-decisivo para o Setúbal. Jogam com o Porto, Sporting e Portimonense e necessitam da confirmação da manutenção. Vai haver motivação total da parte deles para este desafio. Nós estamos conscientes das dificuldades que vamos encontrar. Tudo pode acontecer. Não será nada fácil», alertou, para depois dar o seu exemplo pessoal.

«Eles perseguem um objectivo, que eu persegui no ano passado e pelo qual se morre em campo. Pela académica consegui a três jornadas do fim e é um alívio enorme», descreveu.