Apesar de não dar garantias sobre a próxima época, Fernando Santos tem participado na delineação do plantel. 

Diz que a sair passará todo o dossier ao seu sucessor, pois não pretende dizer que «o último feche a porta». Considera ser essencial que todos os jogadores possam integrar o estágio de pré-época, dado que o que aconteceu na preparação da temporada que agora está a terminar não foi benéfico para o plantel. 

«Há seis ou sete jogadores que apenas tiveram 15 dias de férias e este ano vão ter três semanas. Recordo que o primeiro jogo que fizemos este ano em que estivemos este ano todos juntos, exceptuando Capucho e Deco (lesionados) e o Pena (que ainda não tinha sido contratado), foi com o Guimarães em Felgueiras. Isso aconteceu uma semana antes da pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Agora, a planificação terá de ser diferente», avisa. 

Fernando Santos revelou, surpreendentemente, que quando preparou a equipa para a presente época contava com Jardel: «Quando foi para ir para Spa não me passava pela cabeça que ele podia sair, apesar de sabermos que isso poderia ter acontecido noutra altura. Mas, naquela situação, era totalmente impensável e isso acabou por influenciar a equipa». 

Definido este ponto, o actual técnico do F.C. Porto considera «impossível» que o campeonato seja alargado, mas, por outro lado, acredita que «talvez seja melhor para algumas equipas jogar ao domingo e à quarta, porque quando termina o período das competições europeias os jogadores sentem dificuldades de adaptação». Sendo assim, pode ser uma hipótese para a próxima época fazer jogos-treino a meio da semana com características de competição. 

A outra solução será «definir desde o início qual a prioridade e abdicar de algumas coisas, sempre mantendo as portas abertas para o êxito». Fernando Santos aponta com um dos seus erros o facto de não ter feito isso no início desta temporada. 

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