A confirmação foi dada ao Maisfutebol por Giovanni Marti, Media Relations Manager da FIFA.
«A suspensão de oito jogos será cumprida nos próximos jogos oficiais de seleções «A» em que Fernando Santos venha a ter funções oficiais, de acordo com o artigo 38.º, ponto dois, alínea a, em conjugação com o artigo 38, ponto cinco do Código Disciplinar da FIFA», especificou Marti, ao Maisfutebol.
Os artigos mencionados pelo Media Relations Manager da FIFA referem o seguinte: «A suspensão de jogos relacionada com a expulsão em partida de outra competição (por ter sido feita no último jogo de uma prova) é feita no caso de jogos do Campeonato do Mundo nos jogos oficiais seguintes de seleções nacionais (...) O que se refere artigo 38., ponto 2, é aplicável a outras pessoas além dos jogadores».
Donde, Fernando Santos, como treinador expulso no último jogo pela Grécia no Brasil-14, nos «oitavos» com a Costa Rica, terá que cumprir a pena nos jogos oficiais que fizer como selecionador «A» de qualquer país.
Em relação às esperanças de redução do castigo de oito jogos (há um recurso a correr), a resposta da FIFA surge cautelosa: «A decisão ainda não é final nem definitiva. Como há recursos a correr, a sentença está pendente. Desta forma, não podemos adiantar mais nada neste momento».
Sai, assim, reforçada a ideia de que a perspetiva de Fernando Santos ter que cumprir alguns jogos de castigo (mesmo que não oito, em caso de redução do castigo após decisão do recurso, mas um número considerável) estará a reduzir (ou terá já mesmo afastado)
o cenário de que o ex-selecionador da Grécia seja o sucessor de Paulo Bento.
Isto porque,
caso Fernando Santos fosse o próximo selecionador nacional, era já certo que não poderia sentar-se no banco nos próximos jogos de qualificação para o Euro-2016.
A FIFA não adianta, para já, qualquer previsão sobre a data da sentença para o recurso, nem sequer qualquer cenário de quantos jogos poderiam vir a ser reduzidos à
decisão inicial de oito partidas de suspensão.
Em recente entrevista ao
Maisfutebol, Fernando Santos considerou o castigo de oito jogos imposto pela FIFA a
«situação mais inacreditável» numa carreira de 30 anos.
Em função do cenário que se criou ontem com a saída de Paulo Bento, a verdade é que esse castigo poderá impedi-lo de ser o próximo selecionador nacional.
