Faltou a glória na segunda despedida de Thierry Henry do Arsenal. Depois de se ter despedido da liga inglesa com o golo da vitória sobre Sunderland ( 2-1), nos últimos instantes da partida, o veterano avançado ficou em branco na pesada derrota dos «gunners» diante do Milan ( 0-4) para a Liga dos Campeões no adeus definitivo nesta segunda curta passagem pelo clube que tinha deixado em 2007. Adeus definitivo? A verdade é que ainda não se ouviu um «adeus» da boca do veterano avançado.

Uma despedida estranhamente silenciosa que pode esconder algo mais. Arséne Wenger admitiu que procurou estender o período de empréstimo, o compatriota Sagna revelou que Henry queria continuar e Van Persie também contou que, desta vez, «ele está mesmo a divertir-se». Faltou ouvir Henry que, se calhar, ainda alimenta a esperança de prosseguir por mais uns meses com os «canhões» ao peito antes de regressar aos New York Red Bulls.

Henry: conto de fadas está a chegar ao fim

Apesar de tudo, Henry alimentou o mito e, além da estátua que deixa junto ao Emirates Stadium, juntou mais três golos ao seu pecúlio que o distingue como o melhor marcador do Arsenal de todos os tempos. Em pouco mais de um mês, o avançado de 34 anos fez os adeptos sonhar¿com o passado. Teve um regresso de sonho, a 9 de Janeiro, precisando apenas de dez minutos para marcar o seu primeiro golo, o 277º no Arsenal, na vitória sobre o Leeds para a Taça de Inglaterra.

Voltou a marcar ao quarto jogo, na despedida em grande do Emirates Stadium. Um adeus emocionado ao ritmo dos golos do Arsenal que esmagou o Blackburn Rovers por 7-1, com mais um golo da lenda viva. Depois fez o tal golo decisivo na vitória sobre o Sunderland. Só San Siro é que borrou a pintura do que seria uma segunda passagem épica do veterano jogador. Entrou em campo ao intervalo, quando os londrinos já perdiam por 0-2 e, além de não ter marcado, viu a equipa consentir mais dois.

Falta agora perceber se o silencio de Henry no final do jogo tem algum significado.