No dia 2 de setembro, Paulo Fonseca suspirou de alívio. O mercado de transferências fechou sem o FC Porto perder nenhuma das pedras nucleares, além de James e Moutinho, vendidos logo em maio ao Mónaco.


Jackson, Mangala e Fernando, principalmente estes, resistiram ao avanço dos colossos endinheirados e continuam, por agora, no FC Porto.


«Fiquei satisfeito. Como já tinha dito, estava convicto que não íamos perder nenhum dos jogadores que se dizia poderem sair. O fecho do mercado vem trazer tranquilidade aos jogadores e aos clubes», considera o treinador dos tricampeões nacionais.


Esse problema foi resolvido, mas Fonseca conviveu com outro nos últimos dez dias. As seleções levaram, uma vez mais, quase metade do plantel para bem longe. Apenas na sexta-feira, o Porto voltará a ter todas as unidades disponíveis.


«Não é a situação ideal, mas não nos serve de desculpa. Temos de conviver com ela. Trabalhámos com os que ficaram cá. Vamos apresentar-nos, dentro desses condicionalismos, da melhor forma para ganhar um jogo importante».


No Paços de Ferreira, bem como no Aves e nos seus clubes anteriores, Fonseca não tinha de passar por esta situação anómala.


«Para a minha equipa técnica é uma situação nova, um desafio que nos vai fazer crescer. Só na sexta-feira terei todo o plantel reunido e a preparação está condicionada. Mas há coisas que estão adquiridas e vamos tentar reforçá-las», refere, em conferência de imprensa.


Como resolver este quadro complicado? «Estive na reunião da UEFA e compreendo que não é fácil arranjar datas apropriadas para todos os compromissos de clubes e seleções. Mesmo os clubes não estão todos de acordo. A UEFA vai tentar diminuir as saídas para as seleções, de 12 para nove [por ano]», confidenciou.