O Mónaco deverá pagar os mesmos impostos que os outros clubes franceses pelos seus jogadores, depois de os deputados terem decidido uma emenda à taxa de 75 por cento acima de rendimentos anuais superiores a um milhão de euros.

Os deputados decidiram que esse imposto também terá de ser aplicado a clubes fora da jurisdição francesa filiados na federação gaulesa e que participem no campeonato local.

O clube monegasco possuía um estatuto legal diferente, o que fez com os responsáveis de outras equipas se queixassem de competição desleal. Esta situação permitia ao Mónaco pagar salários mais altos, atraindo assim jogadores de topo.

A autora da emenda, a deputada Annick Girardin, admitiu que a mesma visava diretamente o Mónaco: «Trata-se de restabelecer a equidade desportiva entre clubes franceses. O Mónaco, embora participe na Liga, não está estabelecido em França.»

A taxa de 75 por cento gerou um conflito entre o mundo do futebol e o governo francês, levando mesmo à convocação de uma greve dos clubes para o primeiro fim de semana de novembro. No entanto, os clubes acabaram por adiá-la para negociarem com o executivo.