Lugar do Gana no Ranking nos Mundiais: 34º com nove jogos, 4 vitórias, 2 empates e três derrotas.
Presenças em Mundiais: duas (2006 e 2010)
Última presença: África do Sul-2010.
Melhor desempenho em Mundiais: quartos de final em 2010.
Como se qualificou: 1º no Grupo D da zona africana com 5 vitórias e uma derrota. Na última eliminatória, afastou o Egito (6-1 e 1-2).
Histórico com Portugal: nunca se defrontaram. O primeiro jogo será nesta fase final, a 26 de junho em Brasília.
Selecionador: Kwesi Appiah, 53 anos, natural do Gana. Foi treinador adjunto no Mundial-2010. É o primeiro treinador africano a qualificar o Gana para uma fase final.
Portugal vai defrontar pela primeira vez o Gana a 26 de junho, em Brasília, num jogo que poderá ser determinante na qualificação para os oitavos de final, uma vez que será na última ronda do Grupo G. Podemos começar por lembrar que nas duas últimas edições a seleção africana passou sempre a fase de grupos. Será o único embate inédito do grupo, até porque o Gana já defrontou a Alemanha no último Mundial e os Estados Unidos nos dois últimos. É uma das seleções mais conceituada de África, com quatro títulos continentais (1963, 1965, 1978 e 1982) e duas presenças em fases finais de Mundiais, precisamente as duas últimas. Na Alemanha, os Black Stars (Estrelas Negras), depois de baterem os Estados Unidos (2-1) na fase de grupos, caíram nos oitavos de final diante do Brasil (0-3). Mas na África do Sul chegaram aos quartos de final onde acabaram por cair diante do Uruguai num dos jogos mais dramáticos do torneio. Duas participações em que o Gana foi a única seleção africana a passar a fase de grupos e, na última, igualou a melhor marca numa fase final, como os Camarões tinham feito no Itália-90, depois de voltarem a bater os Estados Unidos, desta vez no prolongamento, para chegar aos quartos de final.
Curiosamente, tal como vai acontecer agora, o Gana já tinha defrontado a Alemanha na fase de grupos. Há quatro anos caiu com um golo solitário de Mesut Özil, mas acabou por seguir em frente, de braço dado com os alemães, como segundo classificado no Grupo D. Nos oitavos de final, como já referimos, o Gana afastou os Estados Unidos com um golo no prolongamento (2-1). Kevin-Prince Boateng deu vantagem à seleção africana, logo aos cinco minutos. Donovan empatou, já na segunda parte, aos 62, na transformação de uma grande penalidade. Asamoah Gyan garantiu a vitória no terceiro minuto do prolongamento. Depois foi o tal jogo dramático com o Uruguai. Muntari marcou primeiro para o Gana, aos 45 minutos, mas Fórlan empatou aos 55. Não houve mais golos nem nos 90, nem nos 120 minutos. No drama dos penáltis, a celeste venceu por 4-2, depois de Maxi Pereira ainda ter aumentado a expetativa ao falhar o devido pontapé.
Quatro anos antes, em 2006, O Gana tinha conseguido o mesmo resultado frente aos Estados Unidos, na fase de grupos, mas em apenas 45 minutos. Haminu Draman, ex-jogador do Gil Vicente, deu vantagem ao Gana, aos 22 minutos, Dempsey empatou aos 43, mas Appiah recuperou a vantagem, na marcação de uma grande penalidade, em cima do intervalo. O Gana acabou por qualificar-se para os oitavos de final, com seis pontos, atrás da Itália, enquanto os Estados Unidos voltavam para casa apenas com um ponto.
Na África do Sul, o Gana foi orientado pelo sérvio Milovan Rajevac que já tinha como adjunto James Kwesi Appiah que, depois do Mundial, acabou por assumir o comando da equipa para se destacar como o primeiro treinador africano a qualificar o Gana para uma fase final. Um passeio tranquilo para os Estrelas Negras que entraram em competição na segunda fase da qualificação africana com cinco vitórias em seis jogos no Grupo D: Gana-Zâmbia, 2-1; Lesoto-Gana, 0-2, Sudão-Gana, 1-3; Gana-Sudão, 4-0; Gana-Lesoto, 7-0. A única derrota foi consentida na visita à Zâmbia (0-1), o campeão africano de 2012. Na terceira eliminatória, diante do Egito, o Gana garantiu praticamente a qualificação para a fase final no primeiro jogo, em casa, com uma goleada por 6-1 em Kumasi. O segundo jogo, no Cairo, serviu apenas para salvar a honra aos «faraós» (1-2).
Christian Atsu, antigo jogador do FC Porto, será a cara mais conhecida dos portugueses, mas este Gana tem outras referências, com destaque para a experiência que Michael Essien e Sulley Muntari podem emprestar ao meio-campo. Andre Ayew, Kwadwo Asamoah e Kevin-Prince Boateng são outros nomes a ter em conta. No ataque, o atlético Asamoah Gyan, que já foi uma das figuras no Mundial-2010, deverá ser a principal referência dos Estrelas Negras.
Jogadores utilizados na fase de qualificação:
Asamoah Gyan, 6 jogos/6golos
Majeed Waris, 4 jogos/3 golos
Sulley Muntari, 7 jogos/3 golos
Jordan Ayew, 2 jogos/2 golos
Christian Ayew, 5 jogos/2 golos
Dominic Adiyiah, 3 jogos/2 golos
Kevin-Prince Boateng, 1 jogo/1 golo
Mubarak Wakaso, 5 jogos/1 golo
Jerry Akaminko, 3 jogos/1 golo
Emmanuel Agyemang Badu, 8 jogos/1 golo
John Boye, 6 jogos/1 golo
Kwadowo Asamoah, 7 jogos/1 golo
Richard Mpong, 1 jogo/0 golos
Emmanuel Frimpong, 1 jogo/0 golos
Solomon Ansante, 1 jogo/0 golos
Anthony Annan, 2 jogos/0 golos
Albert Adomah, 1 jogo/0 golos
Richard Boateng, 2 jogos/0 golos
Yiadom Boakye, 2 jogos/0 golos
Derek Boateng, 2 jogos/0 golos
Adam Kwarasey, 2 jogos/0 golos
Isaac Vorsah, 2 jogos/0 golos
Rashid Sumaila, 4 jogos/0 golos
Michael Essien, 3 jogos/0 golos
Andre Ayew, 3 jogos/0 golos
Jonathan Mensah, 3 jogos/0 golos
Mohammed Rabiu, 4 jogos/0 golos
Daniel Opare, 4 jogos/0 golos
Samuel Inkoom, 5 jogos/0 golos
Fatawu Dauda, 6 jogos/0 golos
Harrison Afful, 7 jogos/0 golos