O futebol continua decidido a vencer a perseguição que mantém aos fumadores. Desta vez as vítimas devem ser os treinadores. O Comité Executivo da UEFA reúne nos próximos dias 10 e 11 de Dezembro em Nyon, na Suiça, e pretende legislar já imediatamente o divórcio entre o tabaco e os homens do futebol. A primeira forma de o fazer passa pela proibição à entrada de tabaco no banco de suplentes em jogos europeus. A UEFA quer acabar de uma vez por todas com a nuvem de fumo que paira sobre os treinadores e outros fumadores durante as partidas de futebol.

Este deverá ser o passo mais decisivo na luta contra o tabaco desde que em 1986 a FIFA e seus associados excluíram os cigarros do grupo de patrocinadores oficiais de várias competições oficiais, entre as quais o campeonato do mundo. Embora não seja o único. Recorde-se que já no último Mundial, na Coreia/Japão, foi decretada a proibição à entrada do tabaco nos estádios do futebol. Uma medida corajosa naquela que é a região do mundo com maior percentagem de fumadores e que valeu à FIFA o prémio de luta contra o tabaco oferecido pela Organização Mundial de Saúde.

Também já não é a primeira vez que o futebol tenta terminar com o tabaco nos campos de futebol. Recorde-se que já no Mundial de França a FIFA recebeu petições de várias organizações ligadas à saúde para proibir os treinadores de fumar, petições essas que foram recusadas sobre a argumentação que não havia legitimidade para atentar contra a liberdade de cada indivíduo. Restou ao organismo que dirige o futebol mundial pedir aos treinadores para que procurassem, enquanto fumavam, esconder os cigarros. Com pouco sucesso.

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