Esteve perto de acontecer a primeira grande surpresa desta Taça das Confederações.

A Nova Zelândia tentou provar, uma vez mais, que no futebol não existem vencedores antecipados. Conseguiu-o durante um largo período de tempo e conquistou o direito de sonhar com a primeira vitória no torneio. Contudo, acabou por sucumbir perante um autêntico sufoco mexicano no segundo tempo. Jiménez e Peralta hipotecaram as hipóteses dos neozelandeses sonharem com um lugar na fase a eliminar da competição.

Apesar de ter conseguido chegar ao triunfo, o México teve que puxar dos galões para vencer uma Nova Zelândia que nunca se cansou de lutar. Os mexicanos concederam meia parte de avanço e entraram para a segunda parte em desvantagem. 

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Engane-se quem pensa que a vantagem do conjunto de Anthony Hudson ao intervalo era mero acaso. Perante um México de segunda linha – apenas três jogadores repetiram a titularidade face ao encontro com Portugal – os neozelandeses até entraram algo retraídos. Com o decorrer do tempo, cresceram na incapacidade da seleção americana em ligar jogo e criar situações de golo evidente. Quiçá, por falta de rotinas entre os seus jogadores, os mexicanos produziram muito pouco no primeiro tempo.

Alheia a tudo isso, a Nova Zelândia aproveitou para inaugurar o marcador. Chris Wood materializou o ascendente neozelandês no encontro, após duas ocasiões desperdiçadas e fez história. Quebrou o ciclo de cinco jogos sem festejar na Taça das Confederações. Seguiu-se o intervalo sem que nenhum outro lance tivesse ficado na retina. 

E o descanso trouxe melhorias visíveis ao conjunto orientado por Juan Osorio. Alicerçado na velocidade de Aquino e Damm, o México começou a empurrar a formação neozelandesa para a entrada da sua área. Com a bola a andar mais rápido em comparação com o primeiro tempo, as oportunidades de golo começaram a surgir. Umas a seguir às outras. 

Raúl Jiménez, numa grande execução técnica, recolocou os mexicanos no encontro. Esperava-se que a formação neozelandesa recuasse e tentasse, a todo o custo, segurar o empate. Tal acabou, inevitavelmente, por acontecer.
Adivinhava-se a cambalhota no marcador que acabou por acontecer a vinte minutos do fim, concretizada por Peralta, após, mais um, grande trabalho de Aquino. 

A Nova Zelândia parecia de braços caídos, resignada à dura realidade. Mas Ryan Thomas fez questão de recusar o triste desfecho que esperava os neozelandeses. Encheu-se de fé e força para atirar à baliza do México. Valeu a trave a impedir que a formação da Oceania partisse para a última jornada com esperanças, embora ténues, de lutar pela qualificação. 

Os instantes finais do encontro ficaram marcados por uma polémica relacionada com o vídeo-árbitro. O lance começou numa falta do portista Diego Reyes, tendo-se gerado depois uma confusão entre os jogadores. O árbitro recorreu ao sistema VAR, por duas vezes, tendo decidido (mal, saliente-se) o lance. Além disso, utilizou a tecnologia de forma errada. Nota para o facto de o jogo ter estado interrompido durante mais de dois minutos.

A Nova Zelândia defronta Portugal na última jornada da fase de grupos enquanto o líder do grupo, o México vai medir forças com a anfitriã Rússia.