O Sporting mantém-se irredutível quanto à polémica questão dos bilhetes disponibilizados para os adeptos do F.C. Porto para o clássico da 20ª jornada, marcado para o próximo fim-de-semana para o Estádio de Alvalade. O clube das Antas requereu trinta por cento dos ingressos, o número que está fixado nos regulamentos da Liga de Clubes, mas os leões alegam que não estão em condições de disponibilizar mais do que 1.977 bilhetes para os adeptos de azul-e-branco.

«Atendendo à actual disposição do novo estádio, que tem uma capacidade para 50 mil adeptos, não estamos em condições de disponibilizar mais bilhetes. A forma de sectorização do recinto não o permite. Tirando os mais de 32 mil bilhetes de época, mais os compromissos com os patrocinadores e os lugares de camarotes, não sobram mais do que dez/onze mil bilhetes para o público em geral», explicou Rui Meireles, director para a área financeira da SAD leonina.

A distribuição dos lugares dos adeptos do F.C. Porto também foi motivo das queixas da exposição que o F.C. Porto fez à Liga de Clubes, uma vez que, dos 1977 bilhetes, 893 estão destinados aos andares superiores do Estádio de Alvalade. Rui Meireles desvalorizou a questão e voltou a destacar as limitações do estádio. «Não temos um espaço que permita juntar mais de dois/três mil adeptos. A maioria dos adeptos, incluindo a claque, vai ficar no piso de baixo, onde é habitual ficarem os adeptos visitantes, e os restantes vão ficar no piso de cima», explicou Rui Meireles.

O F.C. Porto alertou para o alto risco de insegurança que representa colocar adeptos no piso superior, mas Rui Meireles desvalorizou a questão, defendendo que o futebol é uma festa. «O futebol é uma festa ou uma guerra? Isso é um discurso que não interessa a ninguém. Quando se disputar um Portugal-Espanha como é que vai ser? Vamos ficar com medo que os espanhóis atirem objectos lá para baixo? Não pode ser. Temos todos, a começar pelos dirigentes, de nos empenhar para que o futebol seja uma festa», defendeu.