Na época passada, Paulo Vida começou a temporada num clube da I Liga: o Paços de Ferreira. Na altura, a saída do clube pacense não ficou muito bem explicada. O avançado conta, agora, um pouco mais: «Para mim, é essencial sentir-me bem no sítio onde estou. Em Paços, a partir de uma certa altura, isso não aconteceu. Começámos a negociar a renovação, não chegámos a acordo e deixei de ser convocados. Ia com seis golos marcados 14 jogos, o que prova que também sei marcar golos na I Liga». 

A consequência acabou por ser a troca de Paços de Ferreira por Campo Maior: «Surgiu a hipótese de ir para o Campomaiorense, havia boas condições, e não hesitei. A principal vítima acabou por ser a minha mulher, que teve que largar o curso da universidade. Mas foi o melhor para nós e não estou arrependido». Nem mesmo o facto de o Paços de Ferreira ter feito uma boa campanha no campeonato da época passada fez com que Paulo Vida se arrependesse da decisão tomada a meio da temporada transacta. 

A vida de... Paulo em Campo Maior passa, essencialmente, pelo futebol. E o avançado destaca a projecção que o fenómeno futebolístico tem no Alentejo: «Mesmo tendo descido, as pessoas de Campo Maior continuam a aderir. Os jogos em casa têm tido muita assistência e não são só pessoa da terra: vão pessoas dos seus arredores, de Espanha... Claro que sem os grandes há menos gente de Lisboa a ir aos jogos, mas mesmo assim já se nota que o futebol tem um lugar próprio nesta zona». 

O jogador até confessou ao Maisfutebol que rejeitou alguns convites de clubes da I Liga «por acreditar no projecto do Campomaiorense». 
 

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