José Mota estava visivelmente descontente após a derrota caseira da sua equipa perante o Rio Ave. O Paços de Ferreira continua a revelar muitas fragilidades e continua a ocupar o penúltimo lugar. Apesar disso, o treinador continua a acreditar que é possível fugir à despromoção.

«Penso que preparámos bem este jogo, mas com um golo sofrido logo aos dois minutos as coisas complicaram-se. A partir daí o Rio Ave prescindiu do seu jogo apoiado e passou a usar o contra-ataque, o que nos criou grandes dificuldades em penetrar no seu reduto defensivo. Conseguimos criar algumas oportunidades e no final da primeira parte ainda alimentávamos esperança. No segundo tempo tive de arriscar mais e conseguimos empatar. Pressionámos muito, em vez de termos mais calma acabámos por complicar ainda mais a nossa situação e sofremos o 2-1. É inadmissível, pois, apesar de ter sido um belo golo, tivemos uma desatenção gravíssima», analisou.

Quase sempre em desvantagem ao longo do jogo, os pacenses viram-se obrigados a irem atrás do prejuízo. Nem com o 1-2 desistiram: «Continuámos a pressionar muito, mas não conseguimos voltar a empatar. Pelo jogo que fizemos, porque fomos sempre a equipa mais ambiciosa, penso que não merecíamos perder. Agora, temos dez jornadas pela frente para alcançarmos os nossos objectivos».

Como nota final, José Mota fez questão em assinalar que, na sua perspectiva, «o Paços de Ferreira tem razões para se queixar da arbitragem» e apresenta o lance do primeiro golo como exemplo, dado que «Jacques, quando cruzou, deu uma cotovelada em Zé Nando, o que lhe deixou um hematoma na zona acima do malar». O árbitro auxiliar «terá visto, mas nada assinalou».

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