Alessandro espera muito mais no regresso ao F.C. Porto. Frustrado com a primeira passagem pelas Antas, há duas épocas, o brasileiro fica satisfeito por não voltar a encontrar Fernando Santos e apresenta-se totalmente moralizado para uma boa época. 

Aos 28 anos e com mais dois anos de contrato, um dos jogadores que levou os portistas a um dos maiores investimentos (700 mil contos), espera que Octávio lhe dê oportunidades para jogar, pois acredita no seu valor. «Quando fui para o Porto nunca me deram oportunidades, apesar de ter trabalhado sempre muito bem. Sou um jogador regular e só com a confiança do treinador, entrando na equipa muitas vezes, é que posso mostrar o que valho». 

Ao contrário do que foi habituado no seu país, quando veio para Portugal, encontrou um treinador com uma relação estranha com o balneário e, no caso de Alessandro, até com uma atitude pouco compreensível, tal como revela o jogador: «Não tinha a confiança do técnico. Por vezes havia jogadores que nem estavam em boa condição física, que não faziam um único treino ao longo da semana e acabavam por jogar sempre. Trabalhei muito bem, apresentei-me em boa condição física, mas precisava de ritmo, tal como acontece como os melhores jogadores do Mundo. Sucede com o Figo e o Rui Costa». 

Sem diálogo com o treinador 

As críticas ao ex-treinador do clube das Antas não param e as razões são muitas. «Durante toda a época com Fernando Santos nunca tive um diálogo», revelou, dizendo mesmo que esse foi um «factor fundamental» para a falta de sucesso. «Fiquei muito desiludido e chateado com tudo isso, porque se eu não jogasse mas houvesse um conversa eu até poderia nunca ter saído do Porto. Foi por isso que resolvi aceitar jogar no Fluminense primeiro e depois no Cruzeiro. Sinto-me bem com treinadores que conversem comigo, dizendo que acreditam no meu valor. Com Fernando Santos nada disso aconteceu e isso só prejudicou a minha situação», abordou o brasileiro. 

A vontade de vingar no F.C. Porto é «muito grande» e, por isso, Alessandro não confunde o antigo treinador com o clube. Para ele, a única coisa que interessa é «poder provar qualidades» num clube onde teve poucos momentos para festejar. Acredita que vai fazer parte do plantel, nem que não seja pelo facto do clube lhe ter pago a viagem para estar na cidade do Porto a partir de domingo. Em poucas palavras resume o seu sentimento: «Gosto do Porto e vou para ficar». 

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