Octávio Machado, o treinador do F.C. Porto, reagiu ao final desta manhã, de forma violenta, à forma como o seleccionador nacional, António Oliveira, se referiu a Jorge Costa, «capitão» portista que não tem constado nas convocatórias do F.C. Porto, mas mantém a titularidade na equipa nacional. 

Questionado sobre as razões pelas quais voltou a não convocar Jorge Costa para o encontro com a Juventus, Octávio fez questão de ler um texto previamente escrito ¿ para que nada ficasse por esclarecer: «Para que este caso fique definitivamente encerrado, quero reafirmar que a gestão deste grupo será sempre feita de modo a privilegiar o eu colectivo, em detrimento do eu individual. Só assim acredito ser possível construir uma equipa que possa obter sucesso e apresente bons espectáculos. Não posso, nem quero, criar excepções, independentemente do nome ou do valor dos jogadores».  

Mas o técnico portista não se ficou por aqui. Octávio não deixou passar em claro as declarações de António Oliveira, que afirmou que «Jorge Costa faz falta à selecção nacional e ao futebol português». Se bem que nunca tenha explicitado que estava a responder directamente a Oliveira, as referências de Octávio vão direitinhas para seleccionador: «E para finalizar, entendo que cada responsável tem a sua própria filosofia de gestão do grupo: relação pedagógica. Sempre respeitei a posição de todos os meus colegas, mas não abdico das minhas ideias, independentemente das pressões e críticas que possa sofrer».  

Instado a especificar um pouco mais a extensão das suas palavras, Octávio recusou-se a admitir que era o seleccionador o destinatário, mas... também não negou: «É uma dedução que estão a fazer. Nunca me imiscuí no trabalho dos outros, é só o que posso dizer». 
 

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