O presidente do Gil Vicente, António Fiúza, está indignado com a calendarização dos jogos e a inerente escassez de jogos a realizar no Municipal de Barcelos. Nos próximos três meses o Gil Vicente apenas por três vezes será anfitrião de jogos a contar para o principal campeonato português. A falta de receitas deixa o líder máximo do Gil inconformado.

«O Gil Vicente recebe no Estádio Cidade de Barcelos, nos próximos três meses, apenas três jogos da Primeira Liga, aqueles que ainda nos conferem alguma receita. São três meses de competição em que os nossos adeptos deslocam-se ao nosso estádio apenas três vezes», pode ler-se no documento assinado pelo presidente do Gil Vicente.

António Fiúza diz que a falta de jogos prejudica as finanças dos clubes, pela escassez de receitas: «É incomportável para os clubes suportar todas as despesas, desde salários de jogadores, funcionários, fornecedores e custos operacionais, quando tem ínfimas hipóteses de obter receitas».

O líder máximo do Gil Vicente aponta outros modelos competitivos dando o exemplo da Bélgica. António Fiúza promete desenvolver esforços no sentido de inverter a situação.

«Tudo farei para promover uma reunião com os presidentes dos clubes profissionais com o intuito de introduzir na ordem de trabalhos da próxima assembleia geral da Liga Portugal a discussão deste tema estruturante. É importante que seja debatido e que encontremos uma solução conjunta, que não corresponda apenas às expectativas dos maiores clubes, mas sim traga benefícios para o futebol português», refere António Fiúza.