* Por Bruno José Ferreira

João Vilela cabeceou para o fundo das redes do Olhanense e Diakhité cabeceou para o fundo das redes do Gil Vicente. Duas cabeçadas que valem um ponto cada uma, num jogo tristonho em Barcelos. O Gil Vicente perdeu os primeiros pontos a jogar no seu reduto, enquanto que o Olhanense conquistou o segundo ponto fora de portas.

Comparativamente com a última jornada, os dois técnicos operaram três substituições cada nas suas equipas. João de Deus apostou no regressado Halisson para o lugar do lesionado Keita, e mudou o ataque trocando Brito e Draman por Avto e Bruno Moraes.

Abel Xavier colocou Mladen no lado direito da defesa no lugar do lesionado Luís Felipe, e, tal como o seu opositor, operou duas substituições no ataque depois de ter sido derrotado pelo Sporting. Balogun e Dionisi ocuparam os lugares de Diego Gonçalves e Biggazi.

João Vilela deu uma cabeçada no marasmo

A equipa da casa, o Gil Vicente, aproveitando-se desse estatuto entrou mandão no encontro e com mais vontade de abrir o marcador. Tentou de várias maneiras, mas não foi capaz de abanar as redes de Ricardo nos minutos iniciais.

O Olhanense soltou-se da tremedeira inicial e pelos inconformados Balogun e Dionisi começou a usar a velocidade para pôr em sentido o último reduto do Gil Vicente. As duas equipas mostraram que eram capazes de causar mossa na defesa adversário e auto-amedrontaram-se com as mostras iniciais que o adversário deu.

O marasmo instalava-se em Barcelos, também por força dos 38º graus que o termómetro do placar do estádio indicava. João Vilela é que não entrou nesta onda pastosa em que o jogo mergulhava, e fez abanar o jogo ao mesmo tempo que abanou com as redes de Ricardo.

Controlo perigoso do Gil vale perda de pontos

A equipa de Olhão veio para o segundo tempo com vontade de dar a volta ao resultado e viajar para o Algarve sem as mãos a abanar. Prometeu nos minutos iniciais, através de algumas jogadas tímidas mas sem nunca importunar verdadeiramente a baliza de Adriano Facchini.

O Gil Vicente estava contente com o resultado. A resposta Algarvia não ia para além dos minutos iniciais do segundo tempo. Redondo engano. Já nos descontos foi Diakhité, o defesa central do Olhanense, a ir à área contrária saltar mais alto do que toda a gente para bater pela primeira vez esta época Adriano no Estádio Cidade de Barcelos.

A sorte que nos dois primeiros jogos esteve do lado do Gil Vicente não foi agora talismã em Barcelos. A festa foi grande das gentes de Olhão. Mais um grão na caminhada dos pupilos de Abel Xavier. Não foi mau. Académica e Braga já lá tinham estado e não conseguiram mais do que zero pontos.