Henrique Calisto, treinador do P. Ferreira, no final da vitória sobre o Tondela, que permitiu à equipa seguir para os oitavos de final da Taça de Portugal:

«Sabíamos que ia ser um jogo difícil, frente a uma equipa com bons jogadores, e a viver os efeitos da chicotada. O próprio caráter agressivo do novo treinador também nos iria dificultar a tarefa. Quero dar os parabéns aos meus jogadores e aos do Tondela. Foi uma partida agradável, disputada, com mais equilibro na primeira parte, e, na segunda, já dominámos mais territorialmente e tivemos as melhores oportunidades. Mas tivemos sorte. Fomos felizes, Taça é isto…

[O golo nasce do banco…] Tentámos dar mais profundidade ao lado esquerdo, entendemos que o lado direito da defesa do Tondela poderia ser o ponto fraco, e procurámos carrilar por ai. Saiu bem. O Irobiso, infelizmente, entrou num momento desagradável [nova lesão de Carlão] e, só com o tempo, teremos certezas, mas penso que poderá tratar-se de uma recidiva da lesão que estava curada. Não é um diagnóstico a 100 por cento e não sou médico.

Retomando o fio à meada, fomos felizes nas substituições, eles estavam frescos, e mais agressivos, foi por ai precisamente a jogada do golo. O Irobiso é ponta-de-lança, vive dos golos. Quando procuro um jogador dessa posição, o que peço são os dados estatísticos, não as exibições. Marcou um golo e, se conseguir isso em todos os jogos, mesmo com exibições algo pobres, será muito bom. A vida do ponta-de-lança é fazer golos. Marcou e ajudou a equipa. Estamos todos de parabéns.»