A euforia sossegou, entregou-se à realidade. Quatro meses depois, o que sobra da noite feérica de 21 de Agosto? Portugal foi para a cama de madrugada, aclamou os seus vice-campeões mundiais de sub-20, gritou «golo» pela noite adentro e, apesar da derrota na final contra o Brasil, derramou orgulho.

Os pupilos de Ilídio Vale arrasaram as perspectivas desanimadoras, obrigaram a que o país olhasse para eles, ficaram perto de repetir as conquistas queirosianas de 1989 e 1991. A pilhagem lusitana começou devagarinho, quase num sussurro, para terminar com um clamor do tamanho do mundo.

Cedric e Dias, vidas contrárias

Na primeira fase, Camarões, Nova Zelândia e Uruguai ficaram para trás. Sem brilho, é verdade, mas sempre numa competência competitiva que só as grandes equipas possuem. Nos oitavos-de-final, 1-0 à medíocre Guatemala. Nada mais do que a obrigação. Depois sim, depois houve tempo para a fulgurância épica.

A reviravolta nas grandes penalidades diante da Argentina teve tanto de absurdo como de glorioso. A segurança nos 2-0 aplicados à poderosa França serviu de lastro para alumiar uma esperança partilhada em surdina. Uma esperança que se havia de desfazer no jogo decisivo, às mãos de um Brasil de samba cínico e cruel.

Depois da glória, o que mudou na vida dos nossos heróis? O que mudou, aliás, na estratégia de cada clube para as suas escolas de formação?

Nuno Reis joga mais, Alex goleador

O Maisfutebol foi atrás de respostas, analisou os números de cada um dos 21 vice-campeões mundiais, falou com Cedric Soares e Ricardo Dias para chegar a uma conclusão: o sucesso, quando nasce, não é para todos. A prestação de Portugal na Colômbia não foge desse ensinamento.

Resumo do Portugal-França (meias-finais):



Resumo do Portugal-Brasil (final):