Confusão em Olhão, Isidoro Sousa, presidente da Olhanense, recusou assinar as contas de 2015/16 e chamou a Polícia por se sentir ameaçado, mas os elementos da SAD rejeitam o caso e prometem interpor uma ação judicial.

Isidoro Sousa encontrou-se esta quinta-feira com responsáveis da SAD para uma assembleia de accionistas,no Estádio José Arcanjo, para aprovar o relatório e contas da SAD relativo ao período 2015/2016. 

O presidente pediu durante a reunião o adiamento da decisão por o clube não ter tido tempo de analisar os documentos, que foram entregues apenas na passada terça-feira, quando os regulamentos prevêem um prazo maior.

«Estes documentos, que devem ser entregues 15 dias antes da reunião, só foram entregues na última terça-feira e, depois, até foram alterados. Obviamente, não poderia assinar sem antes haver apreciação da direção, do conselho fiscal e do revisor oficial de contas do clube», disse o presidente do Olhanense à Lusa.

O dirigente disse ainda que entraram durante a reunião dois funcionários da SAD e que um deles era o diretor financeiro Alessandro Sbraccia, que num «tom ameaçador» o tentou forçar a assinar o documento.

«Sem intervenção do presidente da SAD, a situação chegou a um ponto em que não tinha condições para continuar. Abandonei a sala e chamei a PSP, cujos agentes compareceram e identificaram as pessoas em causa», prosseguiu Isidoro Sousa.

Nuno Brazuna, presidente da assembleia-geral da SAD, desmentiu as palavras de Isidoro Sousa e considerou as suas afirmações «muito graves e totalmente descabidas de verdade».

Em comunicado, o responsável sustentou que «não haveria qualquer motivo para ameaças ou pressão, também porque, como tinha de ser do conhecimento do sr. Isidoro Sousa, as contas e relatório referentes a 2015/2016 foram previamente aprovadas com a maioria dos votos no conselho de administração do dia 22 de novembro de 2016, e seriam na sede desta assembleia apenas votadas positivamente, negativamente ou por abstenção, nunca assinadas».

Já o presidente da SAD, Luigi Argolin, repudiou «veemente» o comportamento de Isidoro Sousa dizendo que a sua atitude visa «a desestabilização e a difamação quer da sociedade quer dos seus elementos». Prometeu ainda interpor uma ação judicial contra o presidente do clube.