Olhanense: «Nas próximas 48 horas iremos efetuar o pagamento»

Alessandro Sbraccia, diretor financeiro da SAD do Olhanense, reagiu ao pré-aviso de rescisão coletiva lançado esta terça-feira pelos jogadores, com o apoio do Sindicato dos jogadores, garantindo que os salários em atraso serão pagos nas próximas 48 horas.

O dirigente italiano começou por fazer um ponto da situação. «Falou-se muito sobre este assunto e queremos clarificar o que se passou nesta última semana. Antes do Natal fizemos um acordo com os jogadores em que ficou estabelecido o dia 15 de janeiro como data do pagamento dos salários, porque nesse dia esperávamos receber dinheiro de contratos que tínhamos. Mas não conseguimos receber esse dinheiro e o dono desta sociedade desportiva trabalhou para resolver o problema», historiou Alessandro Sbraccia, numa declaração que não teve direito a perguntas.

«No dia 19 de janeiro reunimos o plantel para explicar, de forma muito clara, a situação, para que não houvesse desentendimentos. Dissemos-lhes que o pagamento iria ser efetuado, num máximo de dez dias. Hoje é dia 27, e nas próximas 48 horas iremos efetuar o pagamento. Por isso, vamos cumprir com o que dissemos aos nossos funcionários», continuou

Alessandro Sbraccia também falou de Joaquim Evangelista: «Não vamos responder nada a essa pessoa que fala por fora, porque estamos mais preocupados em resolver os nossos problemas cá dentro».

E também houve tempo para avaliar o rendimento da equipa, no relvado. «No que se refere à parte desportiva, digo, muito claramente, que os objetivos definidos no início da época estão longe de ser alcançados, e isto por causa dos resultados nos jogos, do que tem que ser feito dentro do relvado. Nós estamos do lado de fora com as nossas responsabilidades, mas também no relvado pode estar a faltar algo», apontou.

Assim, os objetivos da equipa foram redefinidos e o dirigente não colocará entraves à saída de jogadores que o queiram fazer. «Estamos muito perto de resolver os problemas financeiros, mas o valor desta equipa é muito alto, porque o objetivo também era muito elevado. Queremos fazer reestruturações que melhorem financeiramente a SAD, e também queremos assegurar a manutenção na II Liga, e fazer o melhor que pudermos até final da época. E, neste sentido, os jogadores que têm salários elevados para a nossa atual realidade, têm a porta aberta para encontrarem uma melhor vida, tanto para eles, como para nós», disse ainda.