O Desportivo das Aves não se assustou com o rugido da pantera e atirou o Boavista borda fora da Taça de Portugal. Com estrondo e de goleada (4-1), os homens de Petit deixaram uma imagem muito pálida sendo vergados por um Aves sólido, organizado e aguerrido. Embora não pareça, a equipa da Liga é o Boavista…

A pantera entrou pela Vila das Aves dentro impondo o seu estatuto de equipa da Liga perante uma equipa do segundo escalão do futebol português. Logo aos quatro minutos, o conjunto de Petit abriu o ativo e colocou-se em vantagem deixando antever uma tarde de Taça tranquila. Nada mais errado.

Com uma cabeçada fulminante Idris deu o melhor seguimento a uma jogada estudada dos axadrezados, batendo toda a gente no coração da área. O canto de mangas arregaçadas abriu espaço na área e Idris cabeceou com estrondo e sem hipóteses para Quim.

Golo no segundo remate do Boavista à baliza. Zé Manuel já tinha deixado um aviso a confirmar uma entrada mais incisiva do conjunto do Bessa, que se apresentou nas Aves com cinco alterações na sua equipa. Phelipe saiu do eixo da defesa depois de ter sido expulso diante do V.Guimarães dando o seu lugar a Carlos Santos. De resto, a grande novidade foi a estreia absoluta do ganês Quincy com a camisola do Boavista.

Platiny domou a pantera

Foi uma entrada forte dos homens do Bessa a rugir e a tentar assustar o Desportivo das Aves, atual décimo-oitavo classificado da II Liga. O Desportivo das Aves apresentou-se para o embate com o Boavista com três alterações na sua equipa em relação ao triunfo diante do Oriental na nona jornada da II Liga.

Platiny foi uma das caras novas dos homens das Aves e foi ele a domesticar a pantera. O avançado brasileiro proveniente do Sp. Braga B apontou dois golos e deu a volta ao resultado ainda no primeiro tempo. Primeiro, numa jogada de insistência em que teve tempo para tudo no interior da área, rodopiando entre os centrais do Boavista e rematando à meia volta; depois, a encostar para o fundo das redes numa jogada individual de Caballero, Platiny estabeleceu o resultado com que se chegou ao intervalo.

Ficou muito mal na fotografia o setor mais recuado do Boavista, a demonstrar muitas lacunas.

Bolas paradas confirma triunfo com goleada

O intervalo não foi bom conselheiro para os homens do Bessa que, ao invés de entrarem determinados no segundo tempo, voltaram a mostrar muitas fragilidades. Aproveitou o Aves para construir um resultado de fazer corar de vergonha o Boavista.

Apenas com dez minutos jogados no segundo tempo, Caballero ameaçou entrar pela área do Boavista dentro e foi travado em falta por Carlos Santos. Fica a ideia de que a falta foi cometida no interior da área e os homens do Aves protestaram muito, mas a verdade é que Carlos Xistra assinalou livre em cima da linha. Ainda com os nervos à flor da pele, Pedro Pereira bateu a bola de forma subtil para o fundo das redes desviando a bola da barreira e de Mika. Nova infantilidade da defesa da turma do Bessa.

Se dúvidas houvesse, o capitão Tito selou o resultado final, apenas seis minutos depois, em mais um lance de bola parada em que a defesa do Boavista ficou a ver jogar.

Goleada na Vila das Aves. O Boavista fica pelo caminho na presente edição da Taça de Portugal vergado com uma goleada pelo Desportivo das Aves, da II Liga. O resultado pode parecer surpreendente, mas a justiça do vencedor não merece contestação. Mérito para o espírito combativo do Aves de Fernando Valente e muito demérito para o Boavista que fez muito pouco para continuar em prova.