No dia em que cumpre 67 anos, Arsène Wenger abriu o coração numa entrevista ao Guardian. A conversa é longa, mas uma das partes mais interessantes está relacionada com a satisfação sentida pelo francês com a profissão de treinador. E a preocupação que antecipa pelo dia em que a reforma chegar.

«Ninguém consegue passar os dias a pensar no próximo jogo e de repente pára. Começa a ir à igreja todos os dias», refere Wenger, antes de simular um curioso diálogo com Deus.

«Se Deus existir e um dia eu chegar lá em cima, ele vai perguntar: 'O que fizeste com a tua vida?'. A única resposta que poderei dar é esta: 'Tentei ganhar jogos de futebol'. E Ele replicará: 'Foi só isso que fizeste?' E eu responderei: 'Não é tão fácil como parece'».