Pep Guardiola apontou o dedo para o aumento do tempo de compensação no futebol, que começou a ser aplicado depois do Mundial2022, para explicar o desaire do Manchester City diante do Arsenal na disputa do primeiro troféu da temporada, a Supertaça inglesa (Comunity Shield).

Os citizens estiveram a ganhar, com um golo de Cole Palmer, aos 77 minutos, mas o Arsenal empatou já para lá dos 90, aos 111 minutos, e acabou por reclamar o título no desempate por penáltis, com o português Fábio Vieira a marcar o derradeiro pontapé dos gunners.

A verdade é que já está decidido que os jogos da Premier League vão passar a ter mais tempo de compensação, sempre que haja paragens no decorrer dos jogos. «É uma questão para os grandes cérebros que decidem essas coisas. Já temos muitos jogos para fazer e se em cada jogo acrescentares mais 8 ou 10 minutos…eles nunca consultam as nossas opiniões, as pessoas do mundo do futebol, treinadores ou jogadores», atirou o treinador catalão no final do jogo.

O aumento do tempo de compensação foi aprovado pelo órgão legislador da FIFA, o International Football Association Board – com o objetivo de «criar condições mais justas para as duas equipas em relação ao tempo disponível para cada jogo.

No caso do jogo deste domingo, em Wembley, foram dados mais oito minutos, quando o City vencia por 1-0, mas o árbitro acabou por acrescentar mais cinco, uma vez que Kyle Walker e Thomas Partney chocaram de cabeça e estiveram a receber assistência médica no relvado.

«Agora, em qualquer jogo, vamos ter de jogar 100 minutos. Não se vai resolver as perdas de tempo, do meu ponto de vista, acrescentando mais dez minutos ao jogo. É mais cansativo para os jogadores. É demais», destacou ainda Guardiola.