Foi encontrado sem vida, ao final da manhã desta segunda-feira, o corpo do jovem espanhol Álvaro Prieto, de 18 anos, que jogava nos escalões de formação do Córdoba CF e estava desaparecido desde a manhã de quinta-feira, em Sevilha.

De acordo com a imprensa espanhola, a Polícia Nacional confirmou que o corpo pertence a Álvaro Prieto, visto pela última vez junto à estação de Santa Justa, em Sevilha, onde se preparava para apanhar um comboio de regresso a Córdoba.

Ao final desta manhã, a Radiotelevisión Española (RTVE) estava em direto do local, quando noticiou a aparição de um corpo entre duas carruagens, junto às linhas férreas na Avenida Kansas City, em Sevilha, onde Álvaro Prieto foi dado como desaparecido há quatro dias. As informações sobre a roupa e as sapatilhas coincidiam e o óbito foi confirmado pouco depois.

«Desde o Córdoba CF, lamentamos informar que o nosso jogador jovem, Álvaro Prieto, foi encontrado sem vida», refere o Córdoba, em nota oficial.

«Por desejo expresso da família, a entidade limitar-se-á a uma declaração institucional. Desde o clube, agradecemos a compreensão nestes momentos duros, bem como a solidariedade e o carinho recebido. Descanse em paz, Álvaro», finaliza o Córdoba.

Segundo avança a Telecinco esta segunda-feira, adiantando uma das hipóteses consideradas pela polícia, o comboio onde o corpo apareceu terá estado alguns dias estacionado ou fora de circulação e, voltando a rolar esta segunda-feira, proporcionou a deteção de um corpo preso entre os vagões.

Outra das hipóteses apontadas na investigação ao desaparecimento de Álvaro Prieto, avançada pela imprensa espanhola esta manhã, é a de que o jovem terá tentado entrar a todo o custo num terceiro comboio, depois de ter perdido a ligação para a qual tinha bilhete de Sevilha para Córdoba na quinta-feira, às 07h40, e de ter sido intercetado na viagem num comboio posterior, às 08h55, com direção a Barcelona e passagem por Córdoba, por não ter o bilhete correspondente.

Num comunicado oficial, posterior à confirmação da morte, a Renfe, entidade que explora a rede ferroviária espanhola, lamentou a morte de Álvaro Prieto e esclareceu que «o comboio onde apareceu não prestava serviço por avaria».

«Desde agosto, não se movimentou, nem passou por revisão. Hoje [ndr: segunda-feira], realizada uma manobra sem passageiros. A Renfe colabora na investigação com a polícia», refere a operadora, na conclusão da nota. O El País detalha que o comboio em questão não circulava desde 24 de agosto e que a zona onde estava estacionado até domingo foi a que foi alvo de buscas, na noite de domingo, pela polícia e pela Unidade Militar de Emergências (UME). O El Mundo escreve ainda, à luz de informações policiais, ao início da tarde desta segunda-feira, que a polícia esteve com os cães mesmo ao lado do local onde Álvaro foi encontrado, mas que a inspeção àquela zona seria deixada para esta segunda-feira, uma vez que o comboio estava numa área de oficina.

Artigo atualizado com o comunicado da Renfe, às 13h45