A regra diz que o jornalista não deve ser notícia. Na Taça Asiática, um grupo de jornalistas iraquianos fez o contrário, descarregando a frustração pela eliminação do país na Taça Asiática sobre o selecionador, o espanhol Jesús Casas.

O Iraque caiu da competição ao perder por 3-2 com a Jordânia nos oitavos de final, depois de ter feito uma fase de grupos de alto nível, que entusiasmou os adeptos do país.

Na conferência de imprensa que se seguiu ao jogo, vários jornalistas insurgiram-se contra o treinador, havendo mesmo relatos de uma tentativa de agressão ao técnico espanhol.

Os repórteres iraquianos levantaram-se a acusaram Casas de dar várias entrevistas aos meios de comunicação social espanhóis durante o torneio, em vez de se concentrar na competição.

Os elementos da segurança presentes na sala impediram que os jornalistas se aproximassem do treinador espanhol e acabaram por os retirar da sala.

Depois do incidente, só ficaram na sala alguns jornalistas estrangeiros, aos quais o técnico espanhol lamentou o sucedido e disse que o objetivo dos repórteres iraquianos era sujar o nome da federação do país, dos jogadores e do próprio treinador. «Não creio que o consigam fazer, o povo iraquiano é mais inteligente do que isso», acrescentou.

A Federação Iraquiana de Futebol emitiu um comunicado, no qual condenou a «cena dolorosa» vivida na sala de imprensa e o «comportamento repugnante contra o treinador».

A entidade garante ainda que serão tomadas «medidas legais para preservar a reputação» do técnico espanhol.