Quatro de fevereiro de 2015. Minuto 35. Estádio Santiago Barnabéu. Beto abandona o relvado em maca, com colar cervical colocado, após um choque violento com o avançado francês do Real Madrid Karim Benzema.

Momentos de tensão para o português. Poucas horas depois foi-lhe diagnosticado uma luxação de grau III no ombro esquerdo e um tempo de paragem a rondar os três meses.

Sensivelmente um mês depois, o pior já passou. Beto está a responder bem ao tratamento e até pode voltar ao lote de opções do técnico Unay Emery mais rápido do que o esperado.

«Não é uma imagem que queria recordar. É uma imagem que resulta numa lesão prolongada que me impossibilita de fazer aquilo que mais gosto. Neste momento, a minha lesão está num processo de regeneração rápido. Estou a responder bem e a um ritmo muito bom, encurtando o prazo inicialmente estipulado para regressar à competição que apontava para dez semanas», começou por dizer o jogador, de 32 anos, num evento promovido por um patrocinador, apontado já o caminho para as balizas.

«Custa muito não estar no relvado a ajudar a equipa. É doloroso estar na bancada a olhar para cada minuto não poder estar lá. Infelizmente, não tenho outra forma de viver neste momento que não seja na bancada. O tempo de paragem reduziu para oito semanas, neste momento atinjo as cinco e mais um par de semanas volto à competição», anunciou Beto.

«Renovação? Estamos perto»

O guarda-redes português vive a terceira temporada na Andaluzia e é peça importante no xadrez de Unay Emery. As conversações com os responsáveis sevilhanos para a renovação do contrato, que termina em junho próximo, já começaram e pode desembocar, rapidamente, num desfecho feliz para as duas partes.

«O processo de renovação está bem encaminhado, mas não está totalmente fechado. O Sevilha deu-me uma oportunidade única na carreira de poder estar presente num dos melhores campeonatos do Mundo, é uma grande clube que me oferece quase todas as condições para que continue. Sinto-me feliz, realizado e estamos perto...», concluiu.