A cumprir a primeira de três épocas no Dínamo Zagreb, o guarda-redes Eduardo falou ao Maisfutebol, mas muito superficialmente, de um problema que atinge o clube: os adeptos não acreditam na seriedade do presidente, viraram por isso as contas ao clube e a mais histórica, e rica, equipa do país, crónico campeão, joga num estádio vazio.
 
Os adeptos na Croácia são diferentes de tudo o que tinha encontrado?
Sim, sem dúvida. Mas o clube tem uma relação com os adeptos que não nos beneficia muito. São coisas que não nos dizem respeito, mas é pena que um clube como este, que podia ter um ambiente fantástico no estádio, acaba por jogar quase sem adeptos.
 
Há um diferendo entre os adeptos e o dono do clube, e por isso não vão ao estádio, não é?
Sim, é um pouco isso. Quer dizer, um pouco não: bastante. Acabamos por ser nós, a equipa, contra tudo o resto. Nunca temos o estádio bem composto e temos de superar isso com a entrega e a concentração dos jogadores.
 
Os adeptos não acreditam na seriedade do dono, não é?
Não quero falar sobre isso. É um assunto muito delicado aqui e prefiro não falar. Qualquer coisa que dissesse podia ser mal entendida.
 
Então vamos falar no geral: sente que os adeptos são demasiado agressivos, como é a ideia geral quando se pensa nos adeptos da Croácia ou da Sérvia?
Sim, em alguns sítios sente-se isso. Em Split, com o Hadjuk, ou no estádio do Rijeka, eles têm sempre o estádio cheio e o ambiente é um bocado complicado. Fora dessas cidades nunca tivemos qualquer problema.

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