Eduardo falou em entrevista ao Maisfutebol e comentou a aventura que está a ter na Croácia: explicou por que preferiu o Dínamo Zagreb a clubes que lutam pela manutenção em Espanha, comentou o facto de ter já ser um dos capitães da equipa e até exaltou o facto do Dínamo, que tem doze pnotos de vantagem na liderança, estar tão perto de revalidar o título de campeão.
 
Como está a correr a aventura no Dínamo Zagreb?
Está a correr muito bem. Estamos em primeiro lugar do campeonato com larga vantagem, ainda não perdemos nenhum jogo, portanto está a ser uma ótima experiência.
 
Até já foi capitão, não é verdade?
Sim, fui algumas vezes capitão.
 
O que é que isso quer dizer?
Acho que demonstra bem, pelo menos para mim, que as pessoas estão contentes com o meu trabalho, com a forma como me integrei na equipa e com a minha maneira de ser. Isso deixa-me orgulhoso e feliz.
 
Pode entender-se que adquiriu rapidamente um grande peso no balneário?
Não, não entendo isso. Entendo é que as pessoas depositaram uma enorme confiança em mim. Não é normal acontecer em tão pouco tempo. Esta sensação de que as pessoas acreditam em mim dá-me mais responsabilidade, claro, mas é muito satisfatória.
 
Aos 32 anos, depois de ter jogado dois Mundiais e um Europeu, e com a carreira que construiu, sente que é uma referência no balneário?
Eu quero ser um exemplo é para mim próprio. Nunca me acomodei a nada, sou uma pessoa ambiciosa e que trabalha no limite todos os dias. Fico satisfeito quando as pessoas ficam satisfeitas com a minha entrega. Tenho 32 anos mas ainda tenho muito para dar.
 
No verão falou-se de outras hipóteses, particularmente de clubes espanhóis...
Sim.
 
A minha pergunta é por que preferiu a Croácia?
Pelo projeto do Dínamo Zagreb na Liga dos Campeões. Ainda não tinha jogado, ambicionava muito a Champions, e estar num clube com um projeto ambicioso de Liga dos Campeões, um projeto mais ambicioso do que ser apenas campeão, convenceu-me.
 
Foi uma escolha fácil?
Podia ter ido para outras equipas, com objetivos não tão grandes, equipas que lutavam só por jogar o campeonato, apesar de serem campeonatos com mais visibilidade, mas eu queria algo mais. O Dínamo oferece-me esse algo mais.
 
A ambientação a um país como a Croácia é fácil?
Sim, é fácil. A cidade é muito boa, sinto-me bem aqui. No início da época estávamos aqui cinco portugueses, agora somos quatro, mas ter aqui tantos compatriotas ajudou muito. O Ivo Pinto já estava cá há mais tempo, conhecia bem a cidade e ajudou-nos na integração. Foi aliás uma grande ajuda. Por tudo isso acabou por ser fácil.
 
Ainda utiliza o gosto pela cozinha para fazer aí grandes jantaradas?
Obviamente. Não perdemos a tradição. Como moramos todos juntos, e estamos sempre no nosso convívio, não perdemos os costumes. Várias vezes por semana juntamo-nos para uns almoços e uns jantares tradicionais de Portugal.
 
E nessas alturas é o Eduardo que cozinha?
Cozinho um bocadinho, cozinho um bocadinho. Mas toca a todos. Quando vamos a Portugal trazemos coisas que aqui não encontramos e mantemos os nossos costumes.


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