A procuradoria de Itália e o município de Pescara abriram inquéritos de investigação sobre um carro da polícia municipal que barrou a entrada da ambulância que transportou o futebolista Piermario Morosini, falecido sábado após uma paragem cardíaca.

O médio italiano do Livorno, de 25 anos, morreu no Hospital Civil de Santo Spirito, da cidade de Pescara, depois de ter sofrido uma paragem cardíaca em pleno jogo da Serie B italiana de futebol, com o Pescara.

Morosini foi socorrido pelos meios médicos presentes no Estádio Adriático de Pescara, que lhe fizeram uma massagem cardíaca com um desfibrilhador e, posteriormente, e foi levado para o hospital civil da cidade em paragem cardíaca.

No entanto, a ambulância que transportou o jogador ficou barrada por um carro da polícia municipal que se encontrava estacionado à entrada no estádio, atrasando a entrada do veículo de emergência.

«Foram cometidos erros que serão verificados. Queremos clarificar em absoluto este assunto, assumindo todas as medidas necessárias», admitiu o vereador responsável pela polícia municipal de Pescara, Gianni Santilli.

Santilli acrescentou que município se colocou à disposição das autoridades judiciais «para que se clarifique plenamente um drama que abalou a cidade».

Para retirar o veículo policial da entrada do estádio, um bombeiro teve de partir um vidro do veículo para soltar o travão de mão e mover a viatura com a ajuda de outras pessoas, um período de tempo perdido que as autoridades querem agora avaliar se foi determinante para a morte do futebolista.

O cardiologista do Hospital Santo Spirito, Leonardo Paloscia ¿ que assistiu Morosini em pleno relvado, já que acompanhava o jogo no estádio ¿ revelou que o jogador não deu sinais de reanimação, nem no campo nem na ambulância, tendo chegado à unidade hospitalar praticamente cadáver.

Num primeiro diagnóstico, Paloscia fala de uma paragem cardíaca como causa da morte, mas não descarta outros motivos, como um problema neurológico.

A autópsia ao corpo de Morosini está prevista para as próximas horas, embora seja mais provável que se realize na segunda-feira, no Hospital Santo Spirito.

Lusa