Carlos Nuzman, presidente do Comité Organizador dos Jogos Olímpicos Rio2016, reconhece que o vírus Zika é um «problema mundial», mas garante que o Brasil tomou as medidas necessárias e que a situação está «sob controlo».

«O Zika é um problema mundial, mesmo que tenha sido detetado pela primeira vez em 1940. O Brasil tomou medidas. O Comité Olímpico Internacional (COI) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) asseguraram que o tema é uma prioridade, mas reiteram que tudo está sob controlo», anunciou esta quinta-feira, em Londres.

O responsável, que falava durante uma sessão informativa sobre os Jogos, que decorrem de 5 a 21 de agosto, no Rio de Janeiro, revelou que houve uma reunião entre a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, da qual saiu a ideia de que tudo deveria ser feito para se «minimizar o risco de contacto».

Nuzman confirmou que a organização não vai pagar aos atletas qualquer sistema antimosquito, mas que vai instalar ar condicionado em todas as habitações do parque olímpico, «pois é mais eficiente». «Oferecemo-nos para pagar o ar condicionado. Com isso não serão necessárias mosquiteiras, já que se pode controlar a temperatura dos quartos. É mais eficiente do que uma rede», vincou.

Ideia de equipa de refugiados bem recebida

Num outro âmbito, o COI revelou na quarta-feira a criação de uma equipa de desportistas refugiados, iniciativa que o comité organizador se revela «totalmente a favor». «Falámos com eles e estamos totalmente a favor da iniciativa. O COI decidirá quantos competem, mas devem saber que as nossas portas estão abertas. Será um contributo muito positivo», considerou.

O responsável destacou ainda o «legado» que os Jogos Olímpicos deixarão ao país, bem como a toda a América Latina, região onde o evento nunca se celebrou, garantindo que, no fim, «não haverá elefantes brancos», aludindo a infraestruturas desaproveitadas posteriormente ao evento.

Revelou-se ainda despreocupado com o facto de apenas metade dos bilhetes terem sido vendidos – «os brasileiros adoram comprar os ingressos apenas à última hora» –, confiando que a competição vai ficar esgotada, dando o exemplo do que aconteceu com o Mundial-2014.