O FC Porto já se apurou na Liga dos Campeões tendo menos pontos no final da primeira volta e já ficou pelo caminho tendo conquistado mais. Os três pontos que os dragões somam nesta altura não permitem conclusões definitivas, até porque o segundo lugar está a apenas um ponto de distância e poderá ser alcançado já na próxima jornada, em caso de vitória na receção ao Leipzig.

De qualquer forma, há duas épocas que podem inspirar os homens de Sérgio Conceição, rumo aos oitavos de final.

Uma delas foi em 2008/09, quando o FC Porto de Jesualdo Ferreira também tinha apenas três pontos no final dos primeiros três jogos do grupo. Na altura, os dragões tinham ganho o primeiro jogo, em casa, frente ao Fenerbahce, mas sofreram duas derrotas seguidas: em Londres, frente ao Arsenal, e, mais surpreendente, em casa, frente ao Dínamo Kiev.

Contudo, a armada de Jesualdo puxou dos galões, sobreviveu em Kiev com um golo de Lucho González em cima da hora, ganhou na Turquia ao Fenerbahce e fechou o apuramento com nova vitória, na receção ao Arsenal, que valeu o primeiro lugar do grupo.

A caminhada desse ano terminou apenas nos quartos de final, quando Cristiano Ronaldo gelou o Dragão com um golaço que correu mundo e apurou o seu Manchester United.

O outro exemplo que inspira o FC Porto atual é mais antigo. Data de 1993/94, numa época que em Tomislav Ivic começou a caminhada e Bobby Robson finalizou-a. Ainda foi Ivic a somar os únicos pontos da primeira volta da fase de grupos, com um triunfo por 3-2 sobre o Werder Bremen, nas Antas, a abrir. Depois, o FC Porto perdeu com o Milan e, já com Bobby Robson, foi também derrotado pelo Anderlecht, na Bélgica.

A segunda volta, porém, foi brilhante, com os dragões a golearem o Werder Bremen por 5-0, a baterem o Anderlecht em casa por 2-0 e a segurarem uma igualdade a uma bola frente ao Milan, para fecho de contas.

Na altura, os apurados seguiam para as meias-finais, a apenas uma mão. O FC Porto jogou em casa do Barcelona, num jogo em que Aloísio foi lateral, e saiu derrotado por 3-0.

A estes finais felizes convém juntar outros tantos exemplos negativos. Em 2005/06, o FC Porto de Co Adriaanse também só tinha três pontos nos primeiros três jogos (vitória caseira frente ao Inter de Milão) e ficou pelo caminho, somando apenas mais dois até ao final. Em 2013/14, Paulo Fonseca começou a ganhar em Viena, ao Áustria, por 1-0, mas perdeu dois jogos seguidos em casa, frente a Atlético Madrid e Zenit, e na segunda volta não fez melhor do que somar dois empates e cair para a Liga Europa.

FC Porto na Champions ao terceiro jogo:

2017/18: 3 pontos

2016/17: 4 pontos (apurado)

2015/16: 7 pontos (não apurado)

2014/15: 7 pontos (apurado)

2013/14: 3 pontos (não apurado) *

2012/13: 9 pontos (apurado)

2011/12: 4 pontos (não apurado)

2009/10: 6 pontos (apurado)

2008/09: 3 pontos (apurado) *

2007/08: 5 pontos (apurado)

2006/07: 4 pontos (apurado)

2005/06: 3 pontos (não apurado)*

2004/05: 1 ponto (apurado)

2003/04: 4 pontos (apurado)

2001/02: 4 pontos (apurado)

1999/00: 6 pontos (apurado)

1998/99: 4 pontos (não apurado)

1997/98: 0 pontos (não apurado)

1996/97: 9 pontos (apurado)

1995/96: 4 pontos (não apurado)

1993/94: 3 pontos (apurado)*

1992/93: 1 ponto (não apurado)