Depois do triunfo em Valência por 3-2, André Villas-Boas voltou a levar a melhor no segundo braço de ferro com Nuno Espírito Santo.

Já apurada para os oitavos de final da Liga, a formação russa precisava apenas de um empate para selar o primeiro lugar do Grupo H, mas acabou somar mais três pontos. Uma vitória por 2-0 (golos de Oleg Shatov e Dzyuba), numa exibição sólida perante um Valência sem ideias e que pode ter saído de São Petersburgo com as contas do apuramento comprometidas.

FICHA DE JOGO

No jogo da Liga dos Campeões com mais portugueses em campo de início (Neto e Danny do lado do Zenit e Rúben Vezo, João Cancelo e André Gomes pelo Valência), o Zenit esteve quase sempre por cima das operações e chegou à vantagem logo aos 15 minutos. Dzyuba aproveitou uma brecha na defesa da equipa «che» e serviu Shatov, que picou a bola por cima de Domenech para abrir a contagem para a equipa de Villas-Boas.

Sempre muitos presos de movimentos, os espanhóis só conseguiram desequilibrar já perto do intervalo. Paco Alcácer teve nos pés o empate, mas falhou o remate.

Nuno Espírito Santo precisava de novas ideias para dar a volta ao texto e mexeu na equipa aos 56 minutos. Tirou Rafa Mir, jovem de 18 anos da cantera do Valência que fez esta noite a estreia absoluta pela equipa valenciana, e lançou Santi Mina, que aos 67’ ainda introduziu a bola nas redes do Zenit, mas o golo foi bem anulado por fora de jogo.

Não valeu do Valência, valeu o do Zenit. Uma jogada fabricada pelo internacional português Danny, que explorou as fragilidades da defesa «che» antes de servir Dzyuba para o 2-0 aos 74 minutos.

O Valência terminou o jogo reduzido a dez jogador. Aos 80 minutos, Rúen Vezo travou Shatov quando o avançado russo se preparava para ficar isolado na cara do guarda-redes do Valência.

Vida cada vez mais complicada para a equipa de Nuno Espírito Santo, que pode cair para o terceiro lugar do Grupo H em caso de vitória do Gent em Lyon. A equipa espanhola terá de esperar pela última jornada para se apurar.

A respirar saúde está o Zenit. Cinco jogos, cinco vitórias e primeiro lugar do Grupo H. Um pleno de vitórias que nenhuma outra equipa alcançou nesta edição da Liga dos Campeões. Melhor era impossível para Villas-Boas.