O caminho estava aberto depois da derrota do Sporting em Guimarães, mas o Sp. Braga não foi capaz de imitar o P. Ferreira e manteve-se atrás dos leões na tabela. Mais por demérito próprio do que por uma exibição exuberante do adversário, a verdade é que o regresso de Sérgio Conceição a Coimbra não permitiu o almejado ingresso no quarto lugar da tabela.
 
Para quem infligiu a primeira derrota da época ao campeão nacional em competições internas, esperava-se muito mais deste arsenal minhoto que, decididamente, não consegue impor-se fora de portas.
 
Paulo Sérgio apostou num onze mais defensivo do que o habitual. Já tinha deixado Lino, o habitual lateral-esquerdo, fora dos convocados, para colocar um central (Ricardo Nascimento) no seu lugar.
 
A maior capacidade de «cobertura» nesse lado teve paralelo no meio-campo onde Rui Pedro, um dos mais utilizados, e garante de criatividade, ficou no banco, para dar lugar a Marcos Paulo, cujas caraterísticas pedem, também, mais para a organização do que para o risco.
 
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Já Sérgio Conceição colocou o onze esperado, apenas com Custódio no lugar de Danilo, já que o médio foi expulso com o Benfica e deixou uma vaga aberta no setor intermediário para ser preenchida pelo experiente internacional português.
 
Os bracarenses esperaram para ver o que poderia fazer a Briosa e a verdade é que esta, com Ivanildo endiabrado, mostrou algum atrevimento, aquilo a que os treinador gostam de chamar «entrar bem no jogo».
 
A equipa de Sérgio Conceição pegou, finalmente, no jogo, desceu amiúde até à baliza de Cristiano, mas sempre com pouco critério, refém de um Éder em noite de desinspiração e pressionado das bancadas – os apaniguados estudantis nunca lhe perdoarão a saída.
 
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Mesmo assim, Tiago Gomes ainda atirou à trave, num livre em que Cristiano pareceu facilitar um pouco, deixando a bola passar-lhe por cima. O intervalo, pouco depois, favorecia mais a equipa da casa, que podia assim reagrupar-se nos balneários, e fazer reajustes táticos para a segunda metade.
 
Já com Luiz Carlos no lugar do amarelado Custódio, os arsenalistas voltaram a ver o adversário surgir melhor em campo, mas incapaz de tapar convenientemente os caminhos para a sua baliza.
 
Num desses lances, Pardo fugiu pela esquerda, Cristiano ainda evitou o primeiro remate, mas foi impotente perante a recarga de Éder. Num ápice, a Briosa que estaria a ajeitar-se ao empate, viu-se forçada a correr atrás do resultado.
 
Rui Pedro saltou do banco para conferir maior poder ofensivo à equipa e, à primeira oportunidade, quase fez o empate não fosse uma enorme defesa de Matheus, com o pé direito. O mesmo que Aderlan usou para fazer o empate, logo depois, beneficiando ainda de um desvio em Luiz Carlos.
 
Regresso ao empate, e regresso à estratégia inicial para os estudantes. Com os minhotos em noite de fraca inspiração, bastou voltar ao crédito do banco para colocar um enorme Fernando Alexandre no caminho das investidas arsenalistas e o ponto soube a vitória.