Luta pela sobrevivência ao rubro no Municipal 25 de Abril, jogo intenso, emocionante, disputado corpo a corpo, lance a lance. 

O Boavista, mais tranquilo na tabela, marcou primeiro, sobre o intervalo, mas o Penafiel, sem margem para esperar mais, caso pretenda mesmo continuar na Liga, teve resposta de coração e intensidade no segundo tempo e foi capaz de dar a volta ao resultado. Mas não foi capaz de o segurar: já nos descontos, Zé Manuel fez o empate.

O triunfo seria precioso para os durienses, que assim deixariam o último posto, com 20 pontos somados, mais um que o Gil Vicente (os gilistas mantêm 19, depois da derrota com o Sp. Braga).

Mas tal como aconteceu no Estoril, o Penafiel, com Carlos Brito, por duas vezes quase ganhava, por duas vezes se deixou empatar mesmo no fim.

O caminho para a recuperação do Penafiel continua estreito, mas ainda existe.

Já o Boavista, agora com 29 pontos, ficou ainda mais perto da permanência, que será só uma questão de tempo.
 
FICHA DO JOGO E AO VIVO
  
Foi uma boa primeira parte: intensa e muito disputada.
 
Quase desde o primeiro minuto, as duas equipas deram mostras de querer vencer.
 
Por razões diferentes, talvez: o Penafiel teria hoje uma grande oportunidade de ultrapassar o Gil e, com isso, largar a «lanterna-vermelha». O Boavista, em caso de vitória, passava a barreira dos 30 pontos e, com isso, praticamente garantir a permanência.
 
Só no primeiro quarto de hora, cada conjunto assinou pelo menos duas tentativas claras de chegar ao golo.
 
O jogo estava bom, aceso, sem demasiadas portas fechadas.
 
Mais perto da meia hora, e depois de uma fase em que o Boavista estava a conseguir sair com perigo (sobretudo pela faixa esquerda, com Brito irrequieto), o Penafiel acabou por assumir maior domínio.
 
Foi uma fase de maior posse do conjunto visitado e também de algumas oportunidades criadas, como o lance em que Aldair quase remata para o golo (32) e o momento em que o mesmo Aldair cai na área, em disputa com Afonso Figueiredo (39).
 
Tudo apontava para que o intervalo chegasse com 0-0, após primeira parte animada e interessante de seguir.
 
Mas no último lance da primeira metade, Tengarrinha bate livre da esquerda e, na confusão na área penafidelense, Carlos Santos, de cabeça, salta para o golo: 0-1 para o Boavista.
 
Rabiola entra e «inventa» o empate
 
De uma assentada, Carlos Brito operou duas alterações, para a segunda parte: Mbala e Rabiola para refrescar o ataque, Aldair e Braga foram os sacrificados.
 
Aposta certeira do sucessor de Rui Quinta: Rabiola «inventou» o empate, assinando jogada de grande qualidade na área boavisteira. Appindagoye, defesa gabonês, tanto quis despachar o perigo que pôs lá dentro o remate de Rabiola, que até nem ia entrar.
 
Embalado, o Penafiel consumou a reviravolta minutos mais tarde, num belo golo de João Martins, em remate potente e colocado, após livre. 

Coelho adia o 2-2, Zé Manuel consuma o empate
 
O Boavista não baixou os braços e esteve muito perto do empate: Bobô, recém-entrado, teve o 2-2 na frente, mas rematou para defesa de Coelho.

Mas Zé Manuel, já nos descontos, num belo lance individual, correu para o empate, em forte remate.

O Penafiel voltava a cair mesmo no fim, o Boavista arrancava empate justo, com dois golos nos descontos de cada parte.

Bela tarde de futebol em Penafiel.