O Portimonense venceu pela primeira vez fora de casa para a Liga esta segunda-feira, ao bater, por 3-0, um Marítimo que pecou em termos defensivos. A ausência de Zainadine foi notória, mas não única razão para a pálida imagem no primeiro tempo, no qual foram anotados os golos da derrota que selou sete jogos consecutivos dos insulares sem vencer no campeonato.

A eficácia dos homens de Vítor Oliveira fez diferença num jogo controlado pelos visitantes em quase todos os momentos. Deu para gerir e dar tempo a reforços.

A entrada do Marítimo deixou antever que ia pôr cobro a seis rondas sem vitórias. Mas a garra insular durou pouco mais de dez minutos. Tudo após uma transição rápida, iniciada numa recuperação de bola no meio campo do Portimonense. Ewerton progrediu metros e deu em Fabrício, que ultrapassou a oposição de Diney e, próximo da pequena área, rematou cruzado ante Charles.

Os processos simples da equipa de Vítor Oliveira e o desacerto madeirense saltaram à vista de novo aos 18 minutos: segundo de Fabrício, que concretizou um ataque rápido por ele iniciado e que contou com o passe de Nakajima. 

A formação insular precisava assentar processos, sobretudo no capítulo das marcações. Só que o Portimonense estragou tais planos. Fabrício, desta vez na assistência, isolou Tabata com um passe ainda antes da linha de meio campo. Luís Martins encarou o extremo dos algarvios, mas o último soltou-se da marcação para bater Charles pela terceira vez.

Três golos em outros tantos remates enquadrados do Portimonense. Daniel Ramos viu-se forçado a mexer, tirando Gamboa e Luís Martins, lançando Rodrigo Pinho e Ibson. 

FICHA E FILME DO JOGO

O Marítimo passou a jogar em 4x4x2, com Pinho e Everton como os elementos mais avançados, apoiados de perto por Ricardo Valente e Ibson. Jean Cléber recuou no meio e Rúben Ferreira passou para lateral-esquerdo.

Os reajustes ajudaram, mas o querer dos insulares esbarrou na organização do Portimonense. Antes do descanso, Rodrigo Pinho protagonizou o principal lance de perigo do Marítimo (43m) mas o remate, dentro da área, saiu ao lado.

A segunda parte começou numa toada muito semelhante do último quarto de hora da etapa inicial. Os madeirenses conseguiram equilibrar, assentando processos no meio campo e ataque. Embora a defesa a apanhar alguns sustos.

Aos 60’, Fabrício arrancou para a área e valeu o corte de Bebeto. Pouco depois, Nakajima rematou torto. Vítor Oliveira começou depois a mexer, sem alterações táticas. O técnico procurou refrescar a equipa e deu tempo aos reforços Fede Varela e Galeno.

Do lado do Marítimo, sublinhe-se, os homens de Daniel Ramos lutaram muito para reentrar na discussão do resultado. Ibson atirou pouco ao lado e o entrado Joel Tadjo, após driblar Ricardo, viu Lucas cortar perto da baliza. O Portimonense conseguiu, em suma, fechar os espaços para a sua área.