O Sp. Braga somou o terceiro jogo consecutivo sem vencer na Liga, falhando assim o assalto ao terceiro lugar. A equipa de Jorge Simão cedeu um empate caseiro diante do Estoril (1-1), não conseguindo disfarçar o mau momento, ainda que a espaços demonstrasse um futebol alegre.

Sem vencer há nove jogos, a equipa da linha somou o primeiro ponto da era Carmona, numa pedreira que parece querer perder a imbatibilidade da primeira volta, em que apenas cedeu dois pontos. Nesta segunda volta, em dois jogos, os Guerreiros já perderam cinco pontos na condição de visitado.

Organizados, os estorilistas entraram a vencer, marcando primeiro, valendo o central Rosic a marcar num pontapé de canto, evitando que a pedreira amarelasse por completo.

Em momentos pouco favoráveis da época, Jorge Simão e Pedro Carmona apresentaram o Sp. Braga e o Estoril, respetivamente, com alterações significativas comparativamente com as derrotas da última jornada.

Gonçalo Brandão e Licá, reforços de inverno, estrearam-se na equipa estorilista, sendo, portanto, as principais notas de destaque. No Sp. Braga, Alan regressou à titularidade, acompanhado por Goiano e Ricardo Ferreira.

Poder de Kléber na área

O encontro começou aberto e com momentos de domínio repartido de ambas as equipas. Parada e reposta junto de ambas as áreas, mas sem que se constituíssem movimentações de real perigo.

Pertenceu ao Sp. Braga uma maior dose de protagonismo, uma vez que os pupilos de Jorge Simão tiveram mais iniciativa. Contudo, os ataques bracarenses traduziram-se quase sempre em cruzamentos para a área, órfãos de uma emenda letal ou, quando tinham sequência, com remates ao lado.

A dez minutos do período de descanso, o Estoril teve a eficácia que ia faltando aos minhotos, e Kléber adiantou os canarinhos no marcador. Cruzamento de Licá da direita - parece ser uma mais-valia para este Estoril - e Kléber ganhou o duelo a Ricardo Ferreira com uma cabeçada fulminante.

Guerreiros assumem comando

Em desvantagem, o Sp. Braga regressou do período de descanso mais audaz, invariavelmente com mais alegria nos corredores, mas de forma mais incisiva e com capacidade para encolher o Estoril, o que não aconteceu na primeira metade.

Os guerreiros precisaram de apenas nove minutos para empatar, chegando ao golo na sequência de um pontapé de canto apontado por Pedro Santos. Rosic apareceu a cabecear praticamente em cima da linha de golo, com Moreira estático e sem qualquer defesa a acompanhar o central.

Seguiram-se momentos de inegável domínio arsenalista, a melhor fase do Sp. Braga, que estreou o reforço Cartabia e ameaçou o segundo golo. Com uma defesa aparatosa com os pés, Moreira ajudou a suster o ponto e o apito final selou mesmo o empate, com o Sp. Braga a rondar de forma destemida a baliza adversário.

Ponto com muito mais sabor para o Estoril, sem dúvida, que põe fim a uma série de sete jornadas sempre a perder, conseguindo pontuar num terreno difícil.

O Sp. Braga volta a perder pontos em vésperas de uma deslocação difícil ao Bessa e da igualmente complicada receção ao Benfica. Até por isso o triunfo diante do Estoril era importante, mas os arsenalistas não conseguiram mais do que a igualdade a uma bola.