Marítimo e Arouca, como que embalados pela tarde solarenga, protagonizaram um jogo morno e com poucos motivos de interesse ao longo de toda a primeira metade, embora os insulares tenham sido superiores ao adversário durante esse período.

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Logo aos 7 minutos Alex Soares deu o primeiro sinal de aviso, mas o tiro do médio verde-rubro acertou em cheio à figura do brasileiro Cássio. Os de Arouca responderam e volvidos dois minutos Ceballos fletiu da direita para a zona central e rematou por cima da trave da baliza à guarda de Romain Salin, naquele que foi o único ensejo dos forasteiros ao longo da primeira metade.

O lance de perigo dos azuis e amarelos funcionou como um relógio despertador para os madeirenses, que passaram a dominar a partida e empurraram o adversário para junto da sua linha defensiva. Os Barreiros ainda gritaram golo aos 11 minutos, após um livre de Artur que Cássio, numa saída extemporânea deixou passar. No entanto, Derley não conseguiu cabecear na melhor direção e acertou nas malhas laterais.

O brasileiro, que entrou nesta partida já com treze golos marcados no campeonato, não demorou muito a causar estragos e na segunda oportunidade que dispôs já não desperdiçou. Uma vez mais Artur a ser protagonista, batendo o canto na direita para o alívio da defesa forasteira, para a zona central onde estava João Diogo, que na tentativa de rematar de pronto, acabou por isolar Derley, e este, cara a cara com Cássio atirou a contar.

O jogo começava então a perder intensidade e a decair de qualidade, com o Marítimo a entregar mais a posse de bola ao Arouca, mas a controlar a vantagem que detinha, tentando sair em rápidas transições.

Aliás, o Arouca nunca foi capaz de importunar Salin, enquanto os verde-rubros dispuseram de mais duas ocasiões de golo. Primeiro foi Artur à entrada da área a rematar à figura, à passagem do minuto 25, e, depois, aos 42 minutos, seria a vez de Theo Weeks, quase na mesma posição, a fazer remate idêntico ao do seu colega de equipa.

Com a chegada do segundo tempo e quando se pedia mais qualidade de jogo, a toada tornou a não aumentar, com os primeiros vinte minutos a não trazerem grandes motivos de interesse para a partida.

Perante a pouca combatividade maritimista, o Arouca começou a acreditar que era possível sair da Madeira com outro resultado, empurrando os pupilos de Pedro Martins para mais perto da sua área. 

Lassad deu o primeiro aviso à passagem do minuto 69, com Salin a revelar estar atento, e, volvido um minuto, Serginho, que tinha acabado de entrar, atirou em arco à trave da baliza do guardião francês. Eram os pupilos de Pedro Emanuel a dar um ar da sua graça, e por pouco Gegé não fazia mesmo a igualdade aos 73 minutos, quando a sua interceção ao cruzamento de Serginho não correu da melhor maneira, fazendo a bola passar muito perto do poste.

O Marítimo respondeu e Sami por pouco não acertou na baliza à passagem do minuto 80, mas haveria de ser o Arouca a desperdiçar nova flagrante ocasião de golo aos 85 minutos, aquando da subida pelo flanco direito de Balliu que serviu Cissé no interior da área, mas o toque de calcanhar do avançado saiu ligeiramente ao lado.

Desperdiçou a oportunidade o Arouca de sair da Madeira com pontos na bagagem, num jogo em que o Marítimo sofreu por culpa própria, ao desacelerar demasiado cedo no jogo, deixando que os adversários acreditassem que era possível alcançar mais qualquer coisa.