FIGURA: Gaitán
É frequentemente o melhor jogador do Benfica e frente ao Boavista voltou a sê-lo. É ele quem comanda o jogo da equipa e leva os companheiros para a frente. É ele quem desequilibra, quem vai à defesa se for preciso, quem não desiste e quem está já em oito dos 22 golos do Benfica na Liga. Assistiu para sete deles e marcou um. Esta tarde, assistiu Gonçalo Guedes para o primeiro do Benfica, num atraso perfeito e pressionado por três adversários.
 
MOMENTO: 89 minutos
O Benfica sofria desde os 38 minutos, quando começou a ganhar pela vantagem mínima. Pelo meio, nada de extraordinário e o Boavista também não mostrava conseguir chegar ao empate. Ainda assim, 1-0 nunca dá segurança nenhuma. Jonas, o goleador de serviço deste Benfica, bem tentou, mas não conseguiu. Já Carcela, que entrou para o lugar do brasileiro, precisou apenas de oito minutos para marcar e dar descanso nos últimos segundos aos encarnados. 
 
OUTROS DESTAQUES:
Gonçalo Guedes:
 abriu o marcador na Luz aos 38 minutos, após passe atrasado de Gaitán, mas podia tê-lo inaugurado mais cedo, aos 14 minutos, também com um passe do argentino. Foi dos mais esforçados do Benfica e um dos melhores em campo - mereceu esse título, por parte dos adeptos. Foi, a par de Samaris e Gaitán, quem mais criou dificuldades ao Boavista, nunca desistindo de cada lance e de cada bola. Para além de ter marcado o golo também foi ele quem recuperou e assistiu Jonas, aos 62 minutos, numa bola que foi ao poste.

Samaris: esteve de fora frente ao Galatasaray, no jogo de terça-feira a contar para a Liga dos Campeões, devido a castigo, mas este domingo voltou a estar disponível e a merecer a confiança de Rui Vitória. Esteve bem o grego, tanto nos movimentos defensivos como nos ofensivos. Deu segurança à defesa encarnada e ajudou o Benfica a desequilibrar. Falhou um ou outro passe.
 
Raúl Jiménez: não tem prazo de validade, como os iogurtes, disse Rui Vitória na antevisão a este jogo. É um facto. Ainda que a comparação seja um tanto ou quanto estranha. No entanto, somam-se jogos em que o mexicano nada acrescenta. Frente ao Boavista mais do mesmo e a fraca prestação fê-lo sair aos 55 minutos, para a entrada de Mitroglou.
 
A defesa axadrezada: não é que o Benfica tenha estado muito pressionante, nem tenha criado grandes ocasiões. No entanto, a defesa axadrezada mostrou-se compacta e capaz de anular os bicampeões nacionais. Petit voltou a apostar em Mesquita, Nuno Henrique, Paulo Vinícius e Afonso Figueiredo e os quatro corresponderam bem. Desde a quarta jornada que o Boavista ou não sofre golos ou sofre apenas um. Destaque ainda para a excelente segunda parte dos centrais.
 
Luisinho: foi o único jogador dos axadrezados que deu dores de cabeça à defesa encarnada e quem mais tentou desequilibrar e chegar ao golo. Mesmo assim, sem grande eficácia. O ataque do Boavista não conseguiu criar perigo e assustar Júlio César. Fez apenas um remate e desenquadrado, já na segunda parte.