Não terá sido o melhor cartaz para abrir a jornada 28 da Liga.

O Arouca-Belenenses esteve longe de ser um bom jogo: arouquenses e azuis do Restelo já mostraram bem melhor noutras partidas deste campeonato.

O Belenenses fez mais e, por isso, volta a Lisboa com três pontos merecidos. Mas o tom geral deste encontro apontaria mais para um empate do que para a vitória à tangente dos forasteiros, que também se aceita. 

A equipa de Pedro Emanuel esteve aquém do que se esperava, não dando seguimento à exibição feita na última partida em casa, com o Gil.

Depois de primeira parte com ligeiro ascendente do Belenenses, mas empate justo, o jogo acabaria por se decidir em grande penalidade convertida com frieza por Pelé.

Ganhar um jogo fora sem ter que jogar muito: eis o «presente» inesperado que o Beleneneses recebeu esta noite.
 
FICHA DO JOGO E AO VIVO
  
O Belenenses começou melhor o jogo. Aproveitando a má entrada do Arouca, a equipa lisboeta teve um primeiro quarto de hora de bom nível, embalada pelos lances de Carlos Martins (remate ao poste aos 12).
 
O predomínio azul prolongou-se até perto da meia-hora, com sucessão de cantos a dar conta do fluxo ofensivo do emblema da Cruz de Cristo.
 
Só que o golo não apareceu e, com o passar dos minutos, a formação de Pedro Emanuel foi começando a organizar-se.
 
Ainda sem construir lances de perigo, mas empurrando os azuis do Restelo para zonas um pouco mais recuadas, pelo menos.
 
Aos 32, um lance rápido do ataque do Arouca, iniciado na direita, deu primeiro sinal de perigo em sentido oposto ao da primeira meia hora: Kayembe, de costas para a baliza, dá a David Simão, que rematou para canto.

FICHA DO JOGO E AO VIVO
 
O jogo estava a animar e a lesão de Miguel Rosa (rendido por Camará) poderia ser mais um ponto para equilibrar o duelo.
 
O intervalo chegava com um nulo revelador da mediania do espetáculo e penalizava a falta de poder de concretização de ambas as equipas (mais do Belenenses, é certo, em função das ocasiões criadas na primeira meia hora).
 
Diego Gallo compromete
 

O Arouca até parecia disposto a entrar mais dominante no segundo tempo, com Kayembe a rematar com perigo.

Mas Diego Gallo, ao cortar com o braço lance anteriormente desviado, de cabeça, por Nuno Coelho, provocou a grande penalidade que redundaria no golo do Belenenses.

O Arouca demorou a reagir e, na verdade, nunca conseguiu tornar real a ameaça de tirar ao Belenenses estes três pontos, que colocam os azuis do Restelo bem lançados, rumo à Europa, e complicam as contas da sobrevivência à formação de Pedro Emanuel. 

O jogo, esse, não ficará para a memória deste campeonato.