O médio Rui Miguel, do Paços de Ferreira, atribuiu o seu regresso à competição ao técnico Jorge Costa, prometendo «dar a vida por ele» até ao final da época da I Liga portuguesa de futebol.

Afastado da competição 03 de novembro, no nulo em Arouca, da nona jornada, Rui Miguel alinhou 32 minutos na derrota caseira diante do Gil Vicente (2-0), no domingo, para a 22.ª jornada.

O médio já completou 360 minutos na I Liga, de um total de 785 esta época, incluindo provas europeias e taças da Liga e de Portugal, com apenas um golo, apontado no empate (1-1) com o Pandurii, da Roménia, em Guimarães, na fase de grupos da Liga Europa.

«É por ele [Jorge Costa] que voltei. É dos poucos treinadores que conheci, cujos métodos de trabalho agradam a todos e, até ao final da época, dou a vida por ele», disse Rui Miguel à agência Lusa.

O médio, de 30 anos, faz questão de dizer que não tem nada a apontar aos técnicos Costinha e Henrique Calisto, mas destaca a cumplicidade com Jorge Costa, que o treinou no AEL Limassol, do Chipre, na época passada.

«Basta olhar para saber o que ele está a pensar, mas o fundamental é acordar de manhã com disposição de vir treinar e trabalhar com os melhores, para evoluir», sublinhou.

Para trás, ficaram alguns diferendos com a direção que o levaram a autoexcluir-se, situações que o futebolista procurou fintar, ao afirmar que «a situação está ultrapassada», valorizando antes o seu regresso aos relvados.

«Ver o meu nome de volta aos convocados foi uma grande vitória e pensei logo que ia jogar. Senti-me bem e feliz por voltar a fazer o que mais gosto», afirmou Rui Miguel, justificando este regresso com «as últimas semanas de trabalho muito forte», que acabaram por garantir a confiança do técnico.

Rui Miguel disse também que «estava a precisar de trabalhar para jogar», prometendo «fazer isso, ao máximo, para ajudar a equipa».

O médio considera especial o confronto com o Vitória de Guimarães, no sábado, mas garante que quer muito vencer o jogo da 23.ª jornada.

«Vai ser um jogo especial. Vivo em Guimarães e toda a gente sabe o carinho que sinto por aquele clube, mas quero muito fazer um bom jogo e ganhar».

O camisola 10 do Paços de Ferreira só não sabe o que fazer se marcar um golo, alegando «um misto de emoções».

«Por um lado, a alegria de voltar a fazer o que mais gosto numa casa que é muito especial e, nesse sentido, poderei festejar por ser contra um grande clube, mas, também, poderei não o fazer, por respeito. Só no momento saberei o que fazer», disse.

Rui Miguel lamentou apenas a situação atual do Paços, que é último da I Liga, reconhecendo que "esta época não tem sido das mais felizes", e deu conta de uma equipa "um pouco triste", depois do desaire caseiro diante do Gil Vicente (2-0), um adversário direto, no domingo.

«É normal que [a equipa] esteja um pouco triste, pois, após um bom jogo e uma boa vitória frente ao Marítimo, a equipa não conseguiu bater um adversário direto. Não é uma situação fácil e, infelizmente, não é uma situação estranha, mas todos juntos teremos de saber ultrapassar o momento», afirmou.

Segundo Rui Miguel, o caminho a seguir é «tentar fazer um bom jogo em Guimarães» e conquistar pontos para ajudar no objetivo do Paços de Ferreira de garantir a permanência na I Liga.