Dois golos, uma vitória, e um importante passo em frente na luta pela manutenção. O Tondela venceu o Rio Ave por 2-1 e chegou-se a Nacional e Moreirense que se defrontam nesta jornada.

Entraram bem os tondelenses no jogo. Na verdade, poder-se-á dizer que foi o Rio Ave a entrar mal.

Logo aos 9’ Marcelo fez um autogolo e ainda mal refeita do lance azarado a equipa do Rio Ave veria o seu guarda-redes expulso aos 11’.

Dois minutos terríveis para os vila-condenses, que tiveram de sacrificar Rúben Ribeiro para dar lugar ao guarda-redes Rui Vieira.

A equipa de Luís Castro viu-se em desvantagem em campo e no marcador logo nos primeiros minutos de jogo. E aos 18 minutos o Rio Ave podia ter tido uma grande penalidade assinalada por derrube de Rui Vieira a Jhon Murillo.

[É aqui que abrimos um parêntesis para um comentário sobre o trabalho da equipa de arbitragem comandada por Hélder Malheiro.

Ainda a primeira parte não havia chegado a meio e o árbitro ribatejano já havia cometido vários erros com influência no jogo. A saber: Cássio foi mal expulso, porque é Wagner a provocar o contacto. Além disso, o lance acontece dentro da área, pelo que a haver infração seria penálti e não livre direto como foi marcado. Por outro lado, Murillo é mesmo derrubado na área por Rui Vieira, pelo que aos 18 minutos haveria mesmo lugar a penálti para o Tondela, em vez de um cartão amarelo para o seu avançado por simulação. Tudo acabou com Pepa expulso do banco…]

Siga o jogo, então… E no futebol jogado, a verdade é que o Tondela entrou muito veloz, com Murillo a fazer vários raides sobre o flanco direito e a colocar a cabeça em água aos vila-condenses, que mesmo com menos um jogador, souberam controlar o meio-campo a partir de metade da primeira parte até ao intervalo.

Foi nesta toada que chegou o empate: assistência excelente de Tarantini a 40 metros e receção ainda melhor de Krovinovic, que rematou para o fundo da baliza aos 42’.

Na segunda parte, o Tondela voltou à carga e se Claude aos 58’ permitiu a defesa de Rui Vieira, Osório aos 62’, também de cabeça, atirou para 2-1.

Vantagem que só não foi ampliada porque o endiabrado Murillo esteve perdulário: falhou aos 76’ na cara de Rui Vieira e aos 79’, sozinho de cabeça ao segundo poste atirou para fora.

A perder diante de um adversário teoricamente mais fácil, Luís Castro arriscou nos minutos finais. E quase chegou ao empate. Não o conseguiu porque do outro lado estava uma parede. Cláudio Ramos já havia feito uma defesa incrível quando Gil Dias lhe apareceu isolado à frente e tentou picar a bola (66’) e voltou a brilhar em cima do minuto 90 quando segurou nas mãos os três pontos dos tondelenses, ao sacudir com uma palmada um cabeceamento de Tarantini, um dos mais inconformados.

Em véspera de domingo de Páscoa, foi Ramos a segurar a quarta vitória da época para o Tondela, que assim reentra na luta pela manutenção com maior fé.

Por sua vez, o Rio Ave deixou escapar uma oportunidade de se aproximar de Marítimo. A Europa está mais longe de Vila do Conde.