FIGURA: Roderick Miranda
24 anos, quase 25 (nasceu a 30 de março), primeiro golo enquanto futebolista sénior. Desvio de cabeça na área do Marítimo, após remate de Tarantini e ressalto num jogador insular. Celebração a condizer com a relevância do momento, naturalmente importante para um jogador desacreditado no anterior clube, após o tal golo de Kelvin num FC Porto-Benfica. Massacrado por lesões, Roderick parece finalmente estar a competir com consistência e a recuperar os elogios que tantas vezes lhe fizeram há algumas épocas. Ainda de águia ao peito.

MOMENTO: Edgar Costa a milímetros do empate (minuto 90)
Perto do fim, o Marítimo carregava como podia e Edgar Costa teve o empate nos pé direito. O avançado apanhou a bola saltar e rematou à entrada da área. A bola passou a assobiar o poste direito da baliza de Rui Vieira. Incrível! O Rio Ave respirou e fundo e percebeu nesse instante que a vitória já não fugia.

NEGATIVO: qualidade global do jogo
Basta ler a crónica para se perceber que a jornada 27 da Liga arrancou com uma das partidas mais pobres dos últimos tempos. O estatuto de Rio Ave e Marítimo obriga-os a fazer muito mais.

Leia a Crónica do Jogo Rio Ave-Marítimo (1-0)

OUTROS DESTAQUES

Heldon
O mais inspirado na equipa do Rio Ave, a aproveitar também o menor fulgor do veterano Briguel. Boas ações no segundo tempo, a sair sempre bem do um para um. No cruzamento nem sempre acertou, também por culpa da falta de movimentação dos colegas na área insular.

Gevaro Nepomuceno
Internacional por Curaçao, o avançado nascido em Tillburg, Holanda, tem um pé esquerdo de qualidade e muita vontade em mostrar valor. Nem sempre decide bem, por vezes é trapalhão, mas foi o único a encarar de frente a defesa rioavista e a tentar fazer qualquer coisa de qualidade no ataque do Marítimo. Tem um percurso interessante no futebol dos Países Baixos (Willem II, den Bosch, Fortuna Sittard) e condições para ser titular neste Marítimo. Primeiro jogo a titular no campeonato.

Damien Plessis
O tempo está a passar demasiado depressa na carreira de Plessis. Há nove anos transferiu-se do Lyon para o Liverpool. Em 2010 saiu do gigante inglês para o Panathinaikos. Seis anos depois estreia-se pelo Marítimo a titular na Liga, após várias épocas em sub-rendimento. Trinco puro, esquerdino, joga quase sempre em passe curto, apoiado. E isso faz bem, lê o jogo e é inteligente. Quando arrisca algo diferente, normalmente sai mal.

Rui Vieira
Terceiro jogo do guarda-redes na Liga portuguesa, nenhum erro a apontar. O melhor elogio é mesmo esse: ninguém se lembrou de Cássio, o dono indiscutível da baliza do Rio Ave. Rui Vieira esteve sempre bem nos cruzamentos e a jogar com o pé esquerdo, o seu melhor. Fransérgio ainda o tentou surpreender duas vezes, quase do meio campo. Sem sucesso.

Maurício
Bom jogo do antigo central do FC Porto B, principalmente na segunda parte. Anulou por completo Guedes e passou os 90 minutos a extinguir fogos. Nota alta.